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Uber inicia testes no Brasil para permitir que motoristas gravem corridas em vídeo

Gravação não precisa de câmeras instaladas nos carros e acontece pelo celular do motorista. Usuários serão informados quando solicitarem a viagem

Uber: gravação fica criptografada e em posse de empresa terceira (Germano Lüders/Exame)

Uber: gravação fica criptografada e em posse de empresa terceira (Germano Lüders/Exame)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 23 de fevereiro de 2021 às 12h41.

A Uber anunciou nesta terça-feira, 23, que está iniciando no Brasil um teste para gravar em vídeo algumas corridas realizadas pelo app. O teste acontece inicialmente na cidade de Aracaju, em Sergipe.

A filmagem não depende da instalação de câmeras no carro: é utilizado o celular do motorista, que pode optar por gravar a corrida utilizando um app parceiro. Em nota, a Uber afirma que a função "está sendo testada como uma alternativa, escalável e sem custo, para o registro das viagens com imagens pelos motoristas parceiros.  Se implementada, a solução estará disponível a qualquer um que queira dirigir com o app, em qualquer lugar."

O piloto do teste é uma iniciativa da Uber no Brasil e, se bem sucedido, pode eventualmente ser testado em outras regiões. De acordo com a empresa, o teste começa primeiro com alguns motoristas de Aracaju e será expandido, aos poucos, para todos os parceiros da cidade, que poderão escolher entre participar ou deixar o teste de gravação. Aracaju foi selecionada para esse teste, segundo a Uber, porque é uma cidade de médio porte e que permite acompanhamento do resultado.

Já os passageiros serão comunicados de antemão que a viagem que solicitaram será gravada em vídeo e, caso prefiram, podem cancelar e optar por uma viagem não gravada.

A Uber afirma que tanto motoristas quanto passageiros não têm acesso às gravações, e mesmo a empresa só pode acessá-las depois de uma queixa formal. "Assim como já ocorre no recurso de gravação de áudio, lançado em âmbito nacional recentemente, a gravação de vídeo também permanecerá criptografada no celular, sem que ninguém possa acessá-la", disse a nota enviada pela empresa.

Quando o arquivo for enviado pelo motorista, ele ficará armazenado na "empresa parceira", que contará com informações básicas do motorista, além do horário e data da gravação. "Só então a Uber — que tem a chave da criptografia — terá acesso às imagens. Além do chamado aberto pelo próprio parceiro para solicitar uma investigação à Uber, só as autoridades competentes podem solicitar acesso às imagens para a Uber, na forma da lei".

Questionada sobre quem é a empresa parceira que irá realizar e guardar as gravações criptografadas, a Uber afirmou que o processo será feito pelo app Sentinel, desenvolvido pela Grip Mobility, uma empresa americana especializada em desenvolver soluções desse tipo para empresas como a Uber ou a Lyft, ou mesmo para seguradoras.

 

 

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