Tecnologia

Uber é legalizado em SP e usuário terá de pagar tarifa extra

Com autorização para operar, Uber terá que pagar tarifa extra para a prefeitura de São Paulo


	Uber: os rivais EasyTaxi e Cabify já tinham recebido autorização para rodar em São Paulo
 (Reuters/Lucy Nicholson)

Uber: os rivais EasyTaxi e Cabify já tinham recebido autorização para rodar em São Paulo (Reuters/Lucy Nicholson)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 10h13.

São Paulo - Principal motivador do decreto da gestão Fernando Haddad (PT) que liberou o transporte individual privado de passageiros, o Uber é, a partir desta terça-feira, 19, a terceira empresa credenciada para oferecer corridas a passageiros em São Paulo de forma legalizada - sai atrás da espanhola Cabify e da brasileira Easy Táxi, que lançou seu "Easy Go" na semana passada.

A autorização do Uber será publicada no Diário Oficial da Cidade desta terça-feira. A empresa decidiu transferir para o passageiro a taxa de R$ 0,10 cobrada pela Prefeitura para cada quilômetro rodado.

O porta-voz da empresa no Brasil, Fabio Sabba, afirma estimar que o impacto dessa cobrança extra será reduzido. "Para que a tarifa aumente R$ 1 no final, o passageiro terá de percorrer ao menos 10 quilômetros", explica.

A taxa da Prefeitura - uma outorga pelo uso do viário urbano para o serviço de transporte individual - virá descrita no recibo que o Uber envia para o cliente por e-mail, separada do valor do serviço, pagos à empresa e ao motorista.

Em viagens que cruzam distâncias maiores, como de São Paulo para o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a tarifa da Prefeitura será cobrada apenas no trecho de São Paulo. Ao deixar o Município, o aplicativo saberá, pelo GPS, que deverá deixar de fazer a cobrança extra.

Ainda segundo Sabba, não houve demora para a regulamentação da empresa. "Os textos da Prefeitura ainda estavam saindo, e tínhamos de esperar. Mas é lógico que queríamos operar de acordo com as regras. São Paulo é a primeira empresa em que o Uber opera sob esse tipo de regulamentação em toda a América Latina", disse.

Há duas semanas, Rodrigo Pirajá, diretor-presidente da SPNegócios, empresa da Prefeitura à frente da regulamentação dos aplicativos de transporte, havia informado que, no caso do Uber, havia algumas dificuldades técnicas para a adequação dos sistemas.

Dados

A regulamentação da Prefeitura prevê que o poder público tenha acesso aos dados sobre número de viagens, total de carros e tarifas instantaneamente, para que possa cobrar a tarifa de R$ 0,10 por km e também verificar se o limite de quilômetros que as empresas de aplicativo podem rodar está perto de ser atingido.

Esse limite é de 27 milhões de quilômetros por mês, ou o equivalente ao que 5 mil táxis percorrem.

Segundo a Prefeitura, há ainda uma empresa em processo de cadastramento. A expectativa dos técnicos da gestão Haddad é de que uma quinta companhia também entre no mercado paulistano.

A cota de quilômetros que os aplicativos serão autorizados a rodar poderá mudar caso se note que os índices de trânsito estão aumentando ou diminuindo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Appscidades-brasileirasMetrópoles globaissao-pauloUber

Mais de Tecnologia

Fabricante do jogo processa SpaceX de Elon Musk e pede US$ 15 milhões

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro