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Uber cresce 20% e fatura US$ 13,5 bi no trimestre, mas lucro é afetado por provisão legal

Com 150 milhões de usuários ativos e alta nas reservas, empresa amplia presença global, mas lucra menos que o previsto após reservar US$ 479 milhões para disputas judiciais

Apesar dos bons resultados, as ações da Uber caíram até 5% nas negociações pré-mercado, embora ainda apresentem valorização de mais de 50% no ano (Bloomberg/Getty Images)

Apesar dos bons resultados, as ações da Uber caíram até 5% nas negociações pré-mercado, embora ainda apresentem valorização de mais de 50% no ano (Bloomberg/Getty Images)

Publicado em 4 de novembro de 2025 às 15h03.

A Uber registrou uma receita trimestral de US$ 13,5 bilhões entre julho e setembro de 2025, crescimento de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado marca o maior faturamento já alcançado pela empresa em um trimestre e vem acompanhado de um novo recorde: 150 milhões de usuários ativos mensais globalmente.

As reservas brutas — total gasto por usuários nos serviços da plataforma — atingiram US$ 49,7 bilhões, acima das previsões do mercado. Para o quarto trimestre, a Uber espera que esse indicador fique entre US$ 52,25 bilhões e US$ 53,75 bilhões, impulsionado pelas festas de fim de ano e maior fluxo de viagens em mercados como EUA e Europa.

O lucro operacional foi de US$ 1,1 bilhão, 5% a mais que no ano anterior, mas abaixo dos US$ 1,6 bilhão projetados por analistas. A diferença foi causada por uma provisão de US$ 479 milhões, relacionada a disputas legais e tributárias envolvendo a classificação dos motoristas da plataforma e investigações em andamento.

Apesar disso, o lucro líquido da empresa saltou 154% e chegou a US$ 6,6 bilhões no trimestre, impulsionado por um ganho contábil de US$ 4,9 bilhões em créditos fiscais e US$ 1,5 bilhão em investimentos.

As ações da Uber recuaram até 5% no pré-mercado após a divulgação dos resultados, mas ainda acumulam valorização superior a 50% em 2025. O desempenho acompanha a valorização de empresas do setor de tecnologia, em meio ao aumento do interesse por soluções baseadas em inteligência artificial.

Para o futuro, Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, reforçou que a estratégia da empresa inclui a continuidade da expansão para os mercados globais de supermercados e varejo, além de investimentos em IA e veículos autônomos. A empresa já realiza testes com carros da Waymo, subsidiária da Alphabet, dona do Google, para oferecer serviços de robotáxi em cidades dos EUA.

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