Mobilidade: Uber vai apostar em um novo meio de transporte em seu aplicativo (Cityscoot/Divulgação)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 16h26.
Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 16h27.
São Paulo – Depois de abraçar as bicicletas e as patinetes, a Uber agora vislumbra um futuro em que seus usuários poderão alugar também motocicletas elétricas pelo aplicativo. Em parceria com a startup francesa Cityscoot, serão disponibilizadas, a partir de novembro, 4 mil motos movidas por eletricidade nas ruas de Paris, na França.
Fundada em 2014 por Bertrand Fleurose e com operações em Nice, Roma e Milão, além da capital francesa, a Cityscoot parece ser a nova queridinha da Uber. Mesmo sem ter recebido (ou divulgado) investimentos da companhia americana. Em duas rodadas de captação, lideradas pelos fundos Inveture Partners e RATP Capital Innovation, a startup parisiense já levantou 55 milhões de euros e agora atrai a atenção da gigante dos transportes.
Para utilizar as motocicletas, o usuário precisará escolher a opção após preencher o endereço de destino no aplicativo da Uber. Caso opte pela opção de duas rodas, o sistema irá mostrar onde estão localizadas as motos que serão desbloqueadas com o próprio smartphone. Com preço fixo, a cobrança será de 0,29 euro por minuto de uso.
Ofertar muitas formas de transporte pode ser uma estratégia interessante do ponto de vista de mobilidade. Contudo, há o risco de que a novidade acabe canibalizando o serviço. Nos planos da companhia comandada por Dara Khosrowshahi, a expectativa é de que os hábitos de uso impeçam que isso aconteça.
Nas previsões, o serviço ofertado na capital francesa será procurado principalmente por usuários que desejam trafegar distâncias próximas de 4 quilômetros. É uma média superior à registrada pelos ciclistas (3 quilômetros) e pelos usuários das patinetes (2 quilômetros).
A nova opção de transporte motorizado da Uber chega meses depois da companhia expandir sua operação para além do transporte realizado por carros. Nos Estados Unidos, por exemplo, os usuários podem optar entre os automóveis, bicicletas, patinetes e até mesmo comprarem bilhetes de ônibus e metrô para usufruírem do transporte público.
Não há previsão de quando o serviço será disponibilizado em outros mercados.