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Twitter e Snapchat: O que elas vão mostrar no 2º trimestre?

Ambas as redes sociais surfaram no cenário de pandemia, quando as pessoas estavam buscando distrações em seus smartphones. No entanto, não está claro se as companhias vão manter o mesmo desempenho

Twitter e Snapchat: o bom desempenho sobrevive no pós pandemia? (Michael Nagle//Getty Images)

Twitter e Snapchat: o bom desempenho sobrevive no pós pandemia? (Michael Nagle//Getty Images)

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A Snap Inc., controladora do Snapchat, pode ter perdido seu espaço no Brasil, mas nos Estados Unidos continua figurando entre as maiores redes sociais existentes. E provas em favor do bom desempenho da plataforma devem vir do balanço do 2º trimestre, que será apresentado nesta quinta-feira, 22.

A estimativa para receitas para o trimestre está atualmente em US$ 838 milhões, indicando um crescimento de 84,5% em relação ao ano anterior. No valor das ações, no entanto, espera-se uma desvalorização de US$ 0,18, no comparativo do período antecedente. No ano passado, os investidores tiveram um retorno total de 146,7% por ação, um número atraente e acima do esperado pelos analistas.

Considerando que a receita da Snap é gerada principalmente pela venda de publicidade no aplicativo, há uma boa previsão neste sentido. Segundo analistas, o valor médio gerado por usuário deve aumentar 53,2% no segundo trimestre, demonstrando o quão bem o Snap está monetizando a audiência.

Para o trimestre a ser relatado nesta tarde, o Snap deve destacar que lançou o Creator Marketplace, que integra criadores de conteúdo diretamente no ecossistema de publicidade do Snap. A estratégia é afastar de terceiros e centralizar a negociação e venda de conteúdos exclusivos, além de garantir que as empresas se conectem por seu intermédio com os criadores dos tão famosos e copiados 'filtros Snap'.

Mas, mesmo com crescimento de 51 milhões de usuários no último balanço, há dúvidas sobre como ficarão os negócios após o enfraquecimento da pandemia, que deve levar para longe os usuários que buscaram a rede social por entretenimento dentro de casa.

Na rede do passarinho azul...

O Twitter também prestará contas aos seus acionistas nesta quinta-feira. Logo, com as ações do Twitter subindo quase 130% nos últimos 12 meses, as expectativas são altas para a rede social de Jack Dorsey. Analistas esperam que o Twitter tenha aumento de aproximadamente 50% na receita deste trimestre, totalizando por volta de 1 bilhão de dólares. No mesmo período em 2020, a companhia faturou 686 milhões de dólares.

O otimismo segue para o crescimento de usuários. Em comparação aos 139 milhões de usuários ativos no segundo trimestre de 2020, analistas esperam que o Twitter tenha crescimento de 34% e chegue a 186 milhões.

Vale ressaltar que, desde julho de 2020, o Twitter contabiliza os usuários ativos mensais de forma diferente. A empresa considera apenas as contas que recebem anúncios pelo feed ("usuários ativos diários e monetizáveis" ou mDAU, na sigla em inglês), algo que não é possível para usuários que usam a plataforma TweetDeck ou outras.

Nos últimos meses, a rede social do passarinho anunciou diversas mudanças que focam na monetização da plataforma através de assinaturas. A primeira delas é a função chamada "Super Follow", que vai permitir que criadores de conteúdo rentabilizem suas audiências.

Com o mesmo objetivo em mente, o Twitter comprou a startup de notícias Scroll, que permite que usuários assinem e leiam notícias de portais sem anúncios, e a plataforma de newsletter Revue, que oferece assinaturas de boletins.

A ascensão do Clubhouse no início de 2021 levou a criação do Spaces, que permite que um grupo de até 10 pessoas se reúna para debater um assunto diante de uma audiência. A ferramenta estava disponível junto aos Fleets, os stories do Twitter, que será desligada no início de agosto após falta de popularidade entre usuários. Outras mudanças devem vir quando a audiência recebida durante a pandemia se normalizar.

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