Tecnologia

Twitter é um gigante que ninguém consegue entender

Rede social é uma superestrela entre as empresas pontocom, com uma capitalização de mercado de US$ 25 bilhões que sustentou seu preço de abertura do IPO


	Funcionária do Twitter, em San Francisco: empresa é apontada como passível de se tornar lucrativa em 2017
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Funcionária do Twitter, em San Francisco: empresa é apontada como passível de se tornar lucrativa em 2017 (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2014 às 15h25.

Um portal relativamente novo conhecido como Hash diz tudo o que você precisa saber sobre o incrível sucesso do Twitter e sobre o difícil desafio que a rede social enfrenta.

Batizado assim por causa do sinal numérico que se tornou a hashtag do Twitter, o Hash compila e publica tuítes por tema noticioso.

Por isso, se ontem você fez uma busca sobre o debate a respeito da defesa de Obama pela neutralidade da internet ou sobre a terrível colisão entre um ônibus e um caminhão no Paquistão ou sobre o novo álbum do Pink Floyd, o Hash tinha, em um único lugar, os tuítes classificados para você.

Sob esse aspecto, o Hash é um tributo ao papel inovador e democratizante do Twitter na mudança na maneira em que informamos, recebemos e discutimos as últimas notícias. Essa é a parte boa.

E aqui está a parte ruim: como o site lifehacker.com disse ontem, “uma das melhores coisas a respeito do Hash é que você não precisa de uma conta no Twitter para usá-lo.

Assim, se você gosta do Twitter só por causa das notícias que ele oferece, você tem uma maneira de acessá-lo sem ter que se registrar ou fazer login”.

E essa é a dor de cabeça de Dick Costolo.

No momento em que o CEO do Twitter se prepara para seu primeiro dia do analista financeiro, que será hoje, o aumento de usuários que não são assinantes representa o maior desafio comercial da empresa.

Superestrela

Pense nisso por um momento: o Twitter é uma superestrela entre as empresas pontocom, com uma capitalização de mercado de US$ 25 bilhões que sustentou seu preço de abertura do IPO (diferentemente do Groupon), moveu-se mais rapidamente que o Facebook em relação à geração de receita e é apontado como passível de se tornar lucrativo em 2017, um cronograma que deixaria a Amazon envergonhada.

Quem poderia ter previsto que o problema com o Twitter não seria se a rede social poderia integrar de forma bem-sucedida os anúncios pagos, mas sim se um número suficiente de pessoas está enviando um número suficiente de tuítes? (De acordo com a empresa, são enviados cerca de 500 milhões de tuítes por dia).

O Wall Street Journal informou na semana passada que a meta de Costolo se transformou em “fazer com que a imprensa e os investidores parem de comparar o Twitter com o Facebook”, que “tem um número de usuários cinco vezes maior”.

O jornal disse que Costolo, em apresentações a gerentes, disse que quer mirar três públicos diferentes -- usuários principais, visitantes que não fazem login e outros que veem o conteúdo do Twitter incorporado em outros sites.

Seu problema principal, como acontece com tantos que estão relacionados aos investimentos atualmente, é cumprir as expectativas.

Usuários desaceleram

O Twitter não atingiu o nível de “ação de crescimento estratosférico que a própria empresa anunciou durante a preparação para o IPO de novembro passado”, reportaram Sarah Frier e Leslie Picker na semana passada no aniversário de um ano da oferta.

“O serviço de microblog superestimou seu alcance e seu potencial global durante a exposição aos investidores ao pedir que eles focassem nos números mensais de usuários, que acabaram desacelerando”.

Frier diz que Costolo assume o compromisso, na primeira tentativa de dia do analista financeiro do Twitter, “de contar a estratégia da empresa de forma mais clara”.

Ela escreve que Costolo sem dúvida ouviu as críticas a respeito de sua liderança, já que algumas delas foram “tuitadas diretamente para ele”.

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