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Twitter diz que posts marcados reduziram desinformação em eleição nos EUA

Rede social divulgou dados sobre as medidas que tomou para impedir a divulgação de informações falsas durante os dias que seguiram a eleição americana.

Twitter: de acordo com rede social, cerca de 300.000 posts receberam alguma marca por conteúdo não verificado (Mateusz Slodkowski/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Twitter: de acordo com rede social, cerca de 300.000 posts receberam alguma marca por conteúdo não verificado (Mateusz Slodkowski/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 15 de novembro de 2020 às 11h00.

O Twitter afirma que colheu resultados positivos de suas políticas implementadas para impedir divulgação de informações falsas durante as eleições nos Estados.

Em uma publicação no blog da empresa, executivos afirmam que cerca de 300.000 tuítes foram marcados pela rede social como contendo conteúdo potencialmente enganoso ou disputado. O número é equivalente a 0,2% de todas as publicações sobre eleições americanas entre os dias 27 de outubro e 11 de novembro.

Desses, 456 foram cobertos por mensagens de aviso e limite de engajamento, o que impedia os tuítes de serem compartilhados e curtidos. Isso aconteceu inclusive com vários das publicações do presidente americano, Donald Trump, cujas mensagens foram verificadas e marcadas pela plataforma.

Apesar disso, muitas das mensagens foram vistas apesar de essas atitudes tomadas pelas rede social: 74% das pessoas que viram esses tuítes os viram depois dos avisos implementados pelo Twitter. Houve ainda uma diminuição de 29% no compartilhamento dos tuítes marcados com desinformação e avisos.

Falsas declarações de vitória eram um comportamento que preocupava a rede social, e estavam no radar como um dos temas que poderiam espalhar informações falsas pela plataforma. O Twitter havia anunciado uma série de contingências para isso no último mês e tomou ações durante a madrugada após o pleito e nos dias seguintes para conter publicações com informações não verificadas.

Trump e o Twitter

    Desde a terça-feira, 3, na noite da eleição, a conta de Trump tem sido cada vez mais marcada pelo Twitter por afirmações sem verificação ou por falsas afirmações de vitória na eleição americana. O trabalho da rede social foi direto e rápido, tendo sido reconhecido por repórteres e especialistas. A empresa veio preparada: já havia anunciado de antemão uma série de contingências que teria para evitar a divulgação de informações falsas na noite da eleição.

    Uma análise do jornal americano The New York Times apontou que entre terça e sexta-feira, 15 das 44 publicações do presidente receberam algum tipo de marcação da rede social. Antes do pleito, apenas alguns tweets haviam sido marcados antes, como os feitos durante a onda de protestos ou alguns contendo deisnformação sobre votos por correio.

    Trump chegou a dizer que o Twitter estava “fora de controle” e ameaçou remover a Seção 230 da Lei de Decência em Telecomunicações que impede que plataformas sejam processadas por conteúdo compartilhado por usuários — a legislação da década de 1990 voltou à pauta recentemente com a discussão sobre moderação de conteúdo online.

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