Tecnologia

Twitter britânico anuncia ação após ameaças a mulheres

Várias mulheres foram ameaçadas de morte e estupro pelo site, que anunciou medidas para facilitar as denúncias contra mensagens abusivas


	O Twitter britânico anunciou estar contratando mais gente para lidar com as denúncias de abusos e declarou que vai implantar um botão específico no site para as denúncias
 (Fred Tanneau/AFP)

O Twitter britânico anunciou estar contratando mais gente para lidar com as denúncias de abusos e declarou que vai implantar um botão específico no site para as denúncias (Fred Tanneau/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2013 às 12h28.

Londres - O braço britânico do Twitter se desculpou neste sábado com várias mulheres que foram ameaçadas de morte e estupro pelo site, e anunciou medidas para facilitar as denúncias contra mensagens abusivas.

O Twitter estava sob crescente pressão para fazer algo depois que uma ativista feminista, um grupo de mulheres parlamentares e mulheres jornalistas foram alvos de abusos e ameaças de violência por usuários.

"Eu pessoalmente peço desculpas às mulheres que sofreram os abusos no Twitter e pelo que elas passaram", afirmou Tony Wang, gerente-geral do Twitter no Reino Unido, numa mensagem postada no site.

"O abuso que elas sofreram é simplesmente inaceitável. É inaceitável no mundo real, e é inaceitável no Twitter", disse ele.

O Twitter britânico anunciou estar contratando mais gente para lidar com as denúncias de abusos e também declarou que vai implantar um botão específico no site para as denúncias.

O tema do abuso é notícia no Reino Unido desde que a ativista Caroline Criado-Perez foi alvo de uma onda de tuítes agressivos, depois de ter feito com sucesso uma campanha por um rosto feminino nas notas de libra.

Como reconhecimento pelo seu papel, Criado-Perez apareceu junto com o presidente do banco central inglês, Mark Carney, quando em 24 de julho ele anunciou que a escritora do século 19 Jane Austen se tornaria o rosto da nova nota de dez libras.

A polícia prendeu dois homens por conta de ameaças de estupro contra Criado-Perez. Um deles também é suspeito de ameaçar a parlamentar trabalhista Stella Creasey, que apoiou a campanha favorável a um rosto feminino nas notas.

Em incidentes separados, reconhecidas jornalistas receberam tuítes que ameaçavam colocar bombas em suas casas.

A polícia de Londres declarou na sexta-feira que investigava denúncias de oito pessoas que teriam sido vítimas de abusos.

O Twitter estava sendo criticado por não ter reagido ao caso com ênfase suficiente.


Num comunicado divulgado depois das desculpas de Wang, Criado-Perez elogiou as novas medidas do micro-blog, mas disse que uma reforma mais profunda é necessária para lidar com abusos nas redes sociais.

"O processo atual é demorado, complicado e inviável se você estiver sob um ataque permanente como eu estive", disse ela. "Como está agora, toda ênfase é na denúncia da vítima, e não na necessidade do Twitter de encontrar e parar quem comete o abuso."

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetEuropaInternetMulheresPaíses ricosRedes sociaisReino UnidoTwitter

Mais de Tecnologia

WhatsApp libera transcrição de áudios para textos; veja como usar

Apple deve lançar nova Siri similar ao ChatGPT em 2026, diz Bloomberg

Instagram lança ferramenta para redefinir algoritmo de preferências dos usuários

Black Friday: 5 sites para comparar os melhores preços