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TVs por assinautra entram em favelas para combater "gatonet"

Com Unidades de Polícia Pacificadora, Sky já aumentou em 1.000% vendas de serviços em comunidades da periferia carioca

Além de luz, saneamento e telefonia, moradores recebem TV por assinatura após instalação de UPP na Cidade de Deus (Marcos Benjamin/Seseg-RJ)

Além de luz, saneamento e telefonia, moradores recebem TV por assinatura após instalação de UPP na Cidade de Deus (Marcos Benjamin/Seseg-RJ)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 13h52.

São Paulo - A criação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em comunidades da periferia do Rio de Janeiro está contribuindo não apenas para a redução nos índices de violência, mas também para o processo de legalização das conexões de TV por assinatura. Acordos firmados pelo governo do estado com as operadoras NET e Sky tem permitido que as empresas levem o serviço de forma legal e a preços competitivos para a população que antes utilizava apenas a chamada "gato net".

A primeira iniciativa foi da NET, que, em 2008, mesmo ano do início das UPPs, regularizou a oferta de TV a cabo na comunidade do Batam, no Realengo. Um pacote com 25 canais é oferecido com exclusividade para os moradores do local por apenas R$ 35 por mês - para o restante da população, o plano mais barato custa R$ 74,90 mensais. O projeto é respaldado pelo Plano Geral de Metas e Qualidade (PGMQ) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A ideia deu certo e há um mês a Sky decidiu entrar no jogo, iniciando a atuação nas favelas com a criação do pacote Sky UPP. O produto está disponível nas 12 comunidades onde já foram instaladas as unidades policiais comunitárias. A operadora contrata moradores das localidades para a realização dos serviços de vendas, instalação e manutenção.

Com um pacote de 89 canais, idêntico ao ofertado para o restante do país, porém com um preço exclusivo de R$ 44,90 mensais, a empresa percebe que os moradores têm interesse em regularizar as ligações de TV por assinatura.

"Antes do Sky UPP tínhamos uma pequena base de clientes nessas comunidades. Em um mês, vimos o ritmo de vendas crescer dez vezes", conta Agrício Neto, vice-presidente de marketing e programação da empresa. Segundo ele, a proposta ainda pode ser levada para outras comunidades carentes do país. "Só não fazemos parceria em algo que não enxerguemos que seja sério", diz.

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