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Tudo novo de novo na TI da Águia Branca

O grupo de transportes e logística Águia Branca renova o parque de TI a cada quatro anos. Na última vez, apostou em Linux e virtualização

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2013 às 14h43.

No Grupo Águia Branca a área de TI trabalha com a certeza de que a cada quatro anos o parque é totalmente remodelado para acompanhar o crescimento da empresa, que atua nas áreas de transportes rodoviário e aéreo, logística, saneamento básico e comércio de veículos. </p>

Décio Chieppe, diretor de administração e finanças e também responsável pela TI do Águia Branca, diz que o projeto envolve a revitalização e a ampliação de toda a infra-estrutura. No último, concluído em setembro passado, com consultoria da ISH, a empresa gastou em torno de 2 milhões de dólares em leasing de servidores, storage, desktops, novos links de comunicação e sistemas de energia e segurança.

O projeto de reciclagem a cada quatro anos começou em 1992, quando a empresa implementou um pacote de gestão. "Na época, fizemos o downsizing do ambiente de mainframe", diz Chieppe. O último projeto trouxe muitas novidades para o ambiente de TI, como o fim dos equipamentos RISC/Unix, que ainda eram usados para rodar o ERP.

Hoje, os dois data centers da companhia (um deles para redundância) são compostos apenas de servidores Intel que rodam Windows e Linux. "Já havíamos pensado em aposentar o Unix na revisão anterior, mas as máquinas que podiam substituí-lo na época ainda estavam muito caras e o Linux não era uma alternativa muito conhecida para esse tipo de aplicação", afirma Chieppe.

Outra iniciativa foi centralizar os ambientes de TI das revendas de veículos, caminhões, ônibus e utilitários no data center da holding, padronizando, assim, os sistemas de gestão, o correio eletrônico e outras aplicações.

Nas palavras de Chieppe, ter uma mesma equipe cuidando do gerenciamento dos servidores de todas as empresas do grupo ajudou a reduzir custos e a melhorar a performance, além de incluir os sistemas das revendas em rotinas com backups automáticos e planos de contingência. "Com o espelhamento do data center, os riscos de acontecer algo grave são menores. Se houver, a empresa não fica mais três dias parada", afirma.

Um dos problemas era a preservação dos dados. As informações geradas nos equipamentos RISC eram armazenadas em duas unidades de storage redundantes, que ficavam isoladas das demais plataformas. Muitos dados ficavam nos HDs dos próprios servidores ou em máquinas de backup, sem nenhum plano de contingência.

"Corríamos o risco de perdê-los", afirma Chieppe. Além dos equipamentos Dell, a empresa adquiriu duas unidades de storage da EMC,cada uma com 6 terabytes de capacidade, uma para cada data center. "O sistema de storage, os novos firewalls e as aplicações de segurança aumentaram a proteção dos dados de todas as empresas do grupo."

Leasing

A opção de mudar tudo de uma única vez e manter o parque inalterado por tanto tempo é justificada como a melhor forma de evitar incompatibilidades de sistemas enquanto eles estão operantes. A opção pelo leasing, com prazo de 48 meses, inclui serviços e treinamentos dos projetos de renovação. Segundo Chieppe, foi escolhido o período de quatro anos por ser o prazo de garantia e suporte em geral oferecido pelos fornecedores.

Para suportar a pressão da velocidade tecnológica, a TI do Águia Branca optou pela virtualização dos servidores. Das 70 máquinas que compõem os dois data centers, duas foram separadas para abrigar as máquinas virtuais - dez cada uma."Isso de início nos garantiu uma economia de 15% na configuração dos ambientes", diz Chieppe.

A tecnologia trouxe também flexibilidade para fazer mudanças por demanda. "Com a virtualização, posso alocar memória ou processadores de forma dinâmica para um projeto, sem correria, sem ter de cotar o preço de um novo servidor no mercado nem ter de esperar o equipamento chegar", afirma Chieppe.

O Águia Branca abriu recentemente duas concessionárias e tudo o que a TI precisou fazer foi ativar o link de comunicação e conectar as estações de trabalho. Os servidores, o controle de energia e os nobreaks ficam todos na sede.

Com o novo ambiente, a área de TI do Águia Branca se sente confortável para tocar projetos de maior porte, como o sistema de venda online de passagens rodoviárias, previsto para este ano."Fizemos o projeto sem estresse, porque o sistema está capacitado para mais essa aplicação.

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Em outra circunstância, teríamos de fazer grandes investimentos ou mesmo postergar", diz Chieppe. Mas o fato de o atual parque ser capaz de absorver mudanças e crescimentos repentinos não altera em nada os planos futuros da companhia. Daqui a quatro anos, tudo muda de novo.

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