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Trump ameaça regular ou acabar com redes sociais por "viés político"

Twitter destacou como enganosos dois tuítes de Trump , nos quais o presidente dizia, sem provas, que o voto pelos correios levaria a uma eleição fraudulenta

Donald Trump: (Doug Mills-Pool/Getty Images)

Donald Trump: (Doug Mills-Pool/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de maio de 2020 às 09h42.

Última atualização em 27 de maio de 2020 às 13h15.

O presidente americano, Donald Trump, ameaçou nesta quarta-feira (27) "regulamentar fortemente", ou "fechar", as redes sociais, depois que o Twitter classificou dois de seus tuítes como "enganosos" e os tratou como disseminadores de informações não verificadas.

"Os republicanos acham que as plataformas de mídia social silenciam completamente as vozes conservadoras. Vamos regulá-las fortemente, ou vamos fechá-las, em vez de permitir que algo assim aconteça", tuitou o presidente.

O Twitter destacou dois tuítes de Trump publicados na terça-feira, nos quais o presidente dizia, sem provas, que o voto pelos correios levaria a uma eleição fraudulenta.

"Não há como o voto pelos correios seja outra coisa diferente de algo substancialmente fraudulenta", escreveu ele na época.

Abaixo das postagens, o Twitter postou um "link" que diz: "Obtenha informações sobre a votação pelos correios", uma novidade para a rede social que por muito tempo resistiu aos apelos para censurar o presidente americano por postagens que desafiam a verdade.

Trump voltou à carga nesta quarta-feira: "Não podemos permitir que as cédulas de correio em larga escala ocorram em nosso país. Seria a liberdade de todos os enganos, falsificações e roubos de cédulas".

"Quem trapacear mais, ganha. Do mesmo modo que as redes sociais. Limpe o que você fez, AGORA!", disse o presidente.

Trump também acusou as redes sociais de interferirem nas últimas eleições: "Vimos o que tentaram fazer e fracassaram em 2016".

"Não podemos permitir que volte a acontecer uma versão mais sofisticada disso", acrescentou.

Há muito tempo, o presidente usa o Twitter como uma plataforma para disseminar insultos, teorias conspiratórias e informações falsas para seus 80 milhões de seguidores.

Antes de ser eleito em 2016, ele construiu sua marca política apoiando a mentira de que Barack Obama, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, não havia nascido no país. Não seria, portanto, elegível para ser presidente.

E, recentemente, provocou mais uma tempestade ao espalhar o boato infundado de que o apresentador de televisão da MSNBC Joe Scarborough havia assassinado uma assistente.

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