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Trump adia proibição do TikTok por 75 dias; rede social busca solução com investidores americanos

Plataforma avaliada em até US$ 1 trilhão tem 170 milhões de usuários nos Estados Unidos

 TikTok ganha novo prazo nos EUA: Donald Trump propõe participação de investidores americanos (AFP)

TikTok ganha novo prazo nos EUA: Donald Trump propõe participação de investidores americanos (AFP)

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 08h38.

Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 10h37.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto na segunda-feira, 20, que adia por 75 dias a proibição do TikTok no país. A medida, que entra em vigor imediatamente, concede mais tempo à ByteDance, controladora chinesa da rede social, para encontrar uma solução que atenda às preocupações de segurança nacional levantadas pelo governo americano.

Trump argumenta que o TikTok precisa de participação majoritária de investidores americanos para permanecer ativo no país, uma condição que pode elevar seu valor a centenas de bilhões de dólares. A plataforma chegou a ser retirada do ar por 12 horas no último domingo, antes de a administração permitir a retomada de seus serviços.

Histórico de tensões entre EUA e ByteDance

O TikTok está no centro de um embate geopolítico desde 2020, quando o governo americano alegou que a plataforma representava um risco à segurança nacional. Autoridades acusam o aplicativo de permitir que o governo chinês colete dados de cidadãos americanos—a acusação é negada pela ByteDance.

No primeiro mandato de Trump, houve tentativas de venda do TikTok para empresas como Oracle e Walmart, que não avançaram devido a impasses legais e políticos. Na gestão de Joe Biden, o Congresso aprovou um projeto de lei que previa o banimento da rede social, caso a ByteDance não se desfizesse de seus ativos nos Estados Unidos.

Proposta de joint venture pode ser solução

Durante uma cerimônia na Casa Branca, Trump sugeriu uma alternativa que evitaria o banimento definitivo: uma joint venture na qual investidores americanos controlariam 50% da plataforma. “Com nossa aprovação, o TikTok poderia valer até US$ 1 trilhão,” afirmou o presidente, enfatizando que sem um acordo, o aplicativo será proibido.

A proposta ainda depende de negociações com a ByteDance e da aprovação do governo chinês, que vê a venda como uma possível "perda de soberania digital". Nos bastidores, Trump teria conversado com o presidente chinês Xi Jinping na tentativa de facilitar um acordo. O TikTok possui atualmente cerca de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, número que representa mais da metade da população do país.

O futuro do TikTok segue incerto. A avaliação elevada da rede social, estimada em US$ 50 bilhões, dificulta encontrar um comprador. Além disso, empresas como Amazon e Meta, potenciais interessadas, lidam com restrições regulatórias e críticas ao domínio de mercado.

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