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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h32.
Três consórcios de fundos de private equity disputam a compra da divisão de semicondutores da holandesa Philips. Na noite deste domingo (24/7), os grupos deram os últimos retoques em suas propostas. Se concretizado, o negócio pode alcançar 10 bilhões de dólares. Seria o maior investimento de fundos de private equity no setor de tecnologia, desde que sete fundos uniram-se para comprar a SunGard Data Systems, no ano passado, por 11,3 bilhões de dólares.
O primeiro grupo interessado na fábrica de chips da Philips é composto por Bain Capital, Francisco Partners e Apax Partners. O segundo consórcio é formado por Kohlberg Kravis Roberts e Silver Lake Partners, que já se uniram, em 2004, para adquirir a unidade de semicondutores da Agilent. O terceiro grupo é composto pela Blackstone, Permira e Texas Pacific Group.
De acordo com o jornal britânico Financial Times, mesmo com as taxas de juros em alta, e que os custos de financiamento para aquisições de companhias endividadas estejam maiores, os fundos continuam perseguindo negócios de grande porte. A incerteza sobre o futuro da divisão de chips da Philips cresceu neste final de semana, após a Advanced Micro Devices anunciar a compra da ATI Technologies, do Canadá, por cerca de 5,5 bilhões de dólares.
A Philips havia anunciado sua intenção de vender uma fatia majoritária de sua unidade de semicondutores em junho. A divisão é um dos cinco ramos em que o grupo atua e representa cerca de um sexto de seu faturamento mundial. Na época, a Philips declarou que pretendia reduzir sua participação nessa unidade, por meio da pulverização de ações no mercado, ou da venda a investidores.
A empresa também não descartou uma eventual saída desse setor. A fabricação de semicondutores mostrou-se um sorvedouro de lucros da companhia, que mudou seu foco para os equipamentos eletrônicos domésticos e aparelhos para a área médica.