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Transfusão de sangue pode fazer mulher voltar a ser fértil

Nova técnica pode revolucionar a reprodução humana, mas também traz riscos


	Gravidez: nova técnica pode revolucionar a reprodução humana, mas também traz riscos
 (Thinkstock)

Gravidez: nova técnica pode revolucionar a reprodução humana, mas também traz riscos (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2016 às 21h10.

Quando as mulheres entram na menopausa, geralmente entre 45 e 55 anos, deixam de produzir óvulos - e, por isso, não podem mais ter filhos. É parte do ciclo natural da vida.

Mas uma nova técnica pode reescrever essa história. Graças a ela, uma mulher que estava há 5 anos na menopausa voltou a produzir óvulos - um dos quais foi fertilizado e deu origem a um embrião humano.

A técnica foi criada pelo ginecologista grego Konstantinos Sfakianoudis, que a apresentou no congresso anual da European Society of Human Reproduction.

Ela consiste em tirar sangue da própria pessoa e colocá-lo numa centrífuga. A rotação da centrífuga separa os componentes do sangue e produz o chamado plasma rico em plaquetas (PRP): plasma sanguíneo com uma concentração anormalmente alta de plaquetas, 5 vezes maior que a normal.

Aparentemente, o PRP acelera a regeneração de tecidos, e por isso tem sido usado, de forma experimental, para tratar lesões em músculos e articulações.

Sfakianoudis teve a ideia de injetar PRP nos ovários da paciente. Deu certo: seis meses depois, ela voltou a produzir óvulos. Um foi coletado e fertilizado (com espermatozóides do marido da paciente), dando origem a um embrião humano, que atualmente está congelado.

Os cientistas dizem ter conseguido coletar mais dois óvulos da paciente, que também serão fertilizados - e implantados no útero para que ela engravide. Segundo a equipe, a técnica foi usada com sucesso em mais 30 mulheres, todas entre 46 e 49 anos.

Não se sabe como o PRP atua nos ovários, mas acredita-se que ele estimule a ação de células-tronco. O anúncio tem gerado discussão entre especialistas, que acusam a equipe grega de colocar pacientes em perigo por não testar a técnica em animais primeiro.

Outro ponto a levantar debate são os riscos envolvidos em gravidezes muito tardias - quanto maior a idade da gestante, maior o risco de complicações para ela e para o feto.

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