Tecnologia

Tráfego na internet ultrapassará o 'zettabyte' em 2016

Em 2016, terão circulado mais dados do que a soma de informação que circulou na internet entre 1984 e 2012

Entre 2015 e 2016 o aumento de dados circulando pela rede será de 330 ''exabytes'' (Caltech)

Entre 2015 e 2016 o aumento de dados circulando pela rede será de 330 ''exabytes'' (Caltech)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 20h54.

Washington - O tráfego total de dados na internet em 2016 será quatro vezes maior que o atual e superará pela primeira vez o ''zettabyte'', uma medida que equivale a um sextilhão de bytes, graças ao forte aumento dos uploads de vídeos, segundo previsões apresentadas nesta quarta-feira pela empresa tecnológica Cisco.

Concretamente, está previsto que o volume de dados chegue a 1,3 ''zettabyte'', destacou em Washington o diretor de marketing da Cisco, Doug Webster.

Tanto terá crescido o tráfego de dados na rede que, em 2016, terão circulado mais dados do que a soma de informação que circulou na internet entre 1984 e 2012.

De fato, apenas entre 2015 e 2016 o aumento de dados circulando pela rede será de 330 ''exabytes'', o que quase iguala o tráfego gerado em todo o ano de 2011, que foi de 369 ''exabytes'' (um ''exabyte'' equivale a um quintilhão de bytes).

''Vídeo, vídeo e vídeo'', resumiu o responsável da Cisco. O produto audiovisual será um dos principais fatores que provocarão a forte progressão de informação no mundo virtual.

Em 2016, a cada segundo viajará pela rede um volume de vídeo equivalente a 833 dias, ou seja, mais de dois anos de imagens por segundo. Em outras palavras, 1,2 milhão de minutos audiovisuais.


Para isso, a banda larga terá multiplicado sua velocidade por quatro, em média. Dos nove megabytes por segundo (Mbps) de média em 2011, serão 34 Mbps em 2016. As conexões sem fio serão maiores, e espera-se que, em cinco anos, mais da metade do consumo de internet no mundo venha destas redes.

Haverá também mais dispositivos: os tablets terão se proliferado, assim como os smartphones e outros dispositivos da mesma linha. Apesar disso, ainda haverá uma exclusão digital entre os que acessam a rede e os que não.

Por um lado, com tantos dispositivos ativados, 18,9 bilhões de conexões de rede estarão em funcionamento em 2016, quase 2,5 conexões para cada pessoa que vive no planeta.

Mas, por outro lado, espera-se que o número de usuários seja de 3,4 bilhões, o que significa que menos da metade dos habitantes terá acesso à internet.

Na apresentação das previsões, o ministro da Informação e Tecnologia da Colômbia, Diego Molano, defendeu ''uma mudança do papel dos governos'' e a ''colaboração público-privada'' para potencializar a rede nas populações sem conexão e melhorar a utilização desta ferramenta básica para a educação.


Segundo a Cisco, a América Latina será uma das regiões do mundo que mais terá acelerado em 2016 o tráfego de dados. Até então, calcula-se que um crescimento anual médio de 49% para a região, ficando atrás apenas de África e do Oriente Médio (58% de média). E a região da Ásia do Pacífico será a que mais dados gerará em 2016, seguida pela América do Norte.

Por países, os Estados Unidos continuarão à frente, com 22 ''exabytes'' circulados por mês, quase o dobro do número dois mundial, a China (12 ''exabytes'' ao mês).

Os que crescerão mais rapidamente entre 2011 e 2016 serão a Índia (com uma taxa anualizada de 62%), Brasil e África do Sul (ambos com melhoras de 53% ao ano).

Nas casas, a música online será o serviço mais utilizado - 79% dos usuários domésticos -, mas o que terá um crescimento mais rápido será o serviço de telefonia por internet (VoIP), cada vez mais popular em escritórios em forma de videoconferência. 

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