Redação Exame
Publicado em 5 de agosto de 2024 às 07h44.
Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 15h04.
Milhares de trabalhadores sindicalizados da Samsung, na Coreia do Sul, retornaram ao trabalho após uma greve por tempo indeterminado que durou 25 dias e não obteve as concessões desejadas da empresa.
Foi a primeira ação sindicalizada na história da Samsung, uma das maiores fabricantes de chips de computador do mundo. No entanto, os 6.500 funcionários em greve representaram apenas uma fração do total de membros do sindicato e uma pequena parte dos empregados da companhia. A maioria já havia retornado ao trabalho na segunda-feira, 29, segundo o New York Times.
Por meses, o sindicato e a empresa não conseguiram chegar a um acordo sobre salários, bônus e dias de férias. Em junho, membros do sindicato fizeram uma greve de um dia como aviso antes de iniciarem a paralisação por tempo indeterminado em julho. Desde o início, a Samsung afirmou que a ação trabalhista não afetaria suas operações, uma posição reiterada na semana passada.
A pressão financeira de uma greve prolongada sem remuneração forçou os líderes sindicais a emitir uma ordem de retorno ao trabalho na semana passada. O sindicato possui um fundo de greve de cerca de 80 milhões de won, aproximadamente US$ 60.000, mas não revelou se utilizou parte desses fundos.
"Vinte e cinco dias de greve e ainda não temos nada em mãos", disse Son Woo-mok, presidente do sindicato, aos membros na quinta-feira. "Sinto a responsabilidade, como líder sindical, por não termos obtido resultados para os membros que participaram da greve sem receber pagamento."
O sindicato, que conta com mais de 31.000 membros, planeja realizar greves relâmpago, mas não divulgou a frequência ou número dessas ações planejadas.
No mês passado, a Samsung lançou sua mais recente linha de dispositivos eletrônicos, incluindo o telefone Galaxy Fold 6 e smartwatches, conforme planejado. A divisão de eletrônicos da empresa emprega cerca de 260.000 pessoas em todo o mundo.