Tecnologia

Toyota supera Musk na corrida para colocar um veículo na Lua

Montadora está usando sua tecnologia para conquistar o espaço

Estal no espaço: montadora enviou um carro para o espaço / SpaceX (Tesla/Divulgação)

Estal no espaço: montadora enviou um carro para o espaço / SpaceX (Tesla/Divulgação)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 14 de março de 2019 às 05h55.

Última atualização em 14 de março de 2019 às 22h19.

A Toyota Motor está explorando uma nova fronteira: veículos lunares. A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA, na sigla em inglês) se unirá à maior montadora do país para construir um transportador autônomo de seis rodas que pode transportar dois humanos por uma distância de 10.000 quilômetros. Elas pretendem pousar um veículo na Lua em 2029.

O anúncio acontece menos de uma semana depois de a SpaceX, do cofundador da Tesla, Elon Musk, ancorar uma nave na Estação Espacial Internacional. A tecnologia de célula de combustível da Toyota alimentará o rover, que terá capacidade para dois astronautas. Eles poderão tirar os trajes e morar no veículo enquanto exploram a superfície lunar, disse Shigeki Terashi, vice-presidente-executivo da Toyota.

“Este é um projeto extremamente desafiador e temos grandes esperanças na tecnologia da Toyota”, disse Koichi Wakata, astronauta que voou no Space Shuttle (ônibus espacial) da Nasa e foi o primeiro comandante japonês da Estação Espacial Internacional, em evento da JAXA.

Há anos a Toyota fabrica robôs projetados para executar trabalhos domésticos e para ajudar pessoas com dificuldades para caminhar. Agora a empresa está usando sua tecnologia para conquistar o espaço. Aproximadamente do tamanho de dois micro-ônibus, o rover lunar Toyota-JAXA terá seis metros de comprimento e 13 metros quadrados de espaço habitável.

O rover usará painéis solares e células de combustível para gerar e armazenar energia. Ele pousará na Lua antes da chegada de uma expedição humana e dirigirá para encontrá-los. O projeto prevê o uso do rover em outras quatro áreas de exploração, de modo que ele terá que se movimentar sozinho para se encontrar com os astronautas que chegarem.

O anúncio surge em um momento em que a China está ampliando suas próprias ambições espaciais graças a um orçamento anual de US$ 8 bilhões -- inferior apenas ao dos EUA. Após um pouso inédito no lado oculto da Lua, em janeiro, a segunda maior economia do mundo também está fazendo planos para uma estação de energia solar no espaço e provavelmente enviará uma sonda a Marte até o fim da década.

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