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Totalmovie usa TV ao vivo na Internet contra Netflix

A estratégia, ambiciosa, é de atingir os consumidores das classes C, D e E com foco na disponibilidade em dispositivos móveis


	Loriega garante que a empresa está fazendo levantamento para trazer a infraestrutura de rede para o país para oferecer uma melhor experiência ao consumidor com a plataforma
 (GettyImages)

Loriega garante que a empresa está fazendo levantamento para trazer a infraestrutura de rede para o país para oferecer uma melhor experiência ao consumidor com a plataforma (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 16h45.

Em soft launch desde maio, a Totalmovie tem grandes ambições para o Brasil. O serviço de vídeos over-the-top (OTT) conta com parceria com programadores para fazer não apenas a oferta tradicional de streaming de títulos, mas também de canais de TV ao vivo pela Internet.

A estratégia, ambiciosa, é de atingir os consumidores das classes C, D e E com foco na disponibilidade em dispositivos móveis (de notebooks a smartphones, passando por tablets). A ideia é ampliar o número de canais ao vivo de três para 13 no país, como já ocorre em outros países da América Latina.

A combinação de serviço de VOD com TV ao vivo veio também da necessidade de se diferenciar. Gerente geral do Totalmovie para o Brasil, Karl Loriega é honesto ao falar como a empresa começou, em 2011, no México, e o que ela aprendeu.

"Basicamente era uma cópia descarada do Netflix. Mas descobrimos que tentar copiar uma empresa que gasta mais de US$ 2 bilhões em operações é bem difícil", afirmou ele em palestra durante a conferência Broadband Latin American em São Paulo nesta terça, 2. Hoje, a companhia afirma que está em segundo lugar na América Latina, atrás somente da principal inspiração.

"Nosso sonho é empacotar canais junto com SVOD (subscription video on-demand) em uma interface única, intuitiva, trazendo a parte social", explica. A Totalmovie está em conversa com outros canais, mas entende que há particularidades no mercado brasileiro. Por isso mesmo, o serviço procura oferecer canais lineares, sim, mas não da TV aberta.

"A intenção é focar mais em conteúdos especializados, que seriam mais para a TV fechada", garante. Segundo o executivo, há dificuldade na negociação com canais tradicionais, que oferecem resistência à oferta do serviço OTT.


"Nossas conversas para valer com emissoras no Brasil começaram há duas ou três semanas, e esses (os já em funcionamento) canais já são frutos de negociações na América Latina", diz. Atualmente, o serviço oferece streaming dos canais Rush HD, Concert Channel e MixPlay TV, todos da DLA, programadora agora controlada pela também mexicana América Móvil.

Loriega garante que a empresa está fazendo levantamento para trazer a infraestrutura de rede para o país para oferecer uma melhor experiência ao consumidor com a plataforma. A empresa terá serviços de CDN da Akamai e Level 3, como já acontece na atuação internacional.

"Temos um headend em Miami onde juntamos tudo da América Latina e mandamos de volta para os países. Isso requer uma estrutura parruda", declara. A iniciativa é baseada em dados convidativos. A previsão é de que o mercado de OTT sairá dos US$ 3,79 bilhões em 2010 para US$ 28 bilhões em 2017.

E Karl Loriega não tem dúvida: "essa é uma projeção modesta". O lançamento oficial deverá acontecer até o final do ano, mas por enquanto o Totalmovie está sendo oferecido com preço promocional de R$ 7,50 nos dois primeiros meses, subindo depois para R$ 15.

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