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TIM já foi proibida de vender novos planos de telefonia antes

A TIM já foi proibida de vender novas linhas temporariamente no Ceará e em Pernambuco no passado

Paulo Bernardo ameaça proibir novas vendas da TIM (Franko Lee/AFP)

Paulo Bernardo ameaça proibir novas vendas da TIM (Franko Lee/AFP)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 12 de julho de 2012 às 16h43.

São Paulo — O ministro das comunicações Paulo Bernardo ameaçou, hoje, proibir a TIM de vender novos planos de telefonia celular se ela não acelerar os investimentos para melhorar a rede em algumas regiões do país. A ameaça merece ser levada a sério pela TIM. É um tipo de punição capaz de abalar qualquer plano de crescimento. E o governo já aplicou essa restrição à TIM e a outras operadoras no passado.

No final de 2011, por exemplo, a justiça do Ceará interditou temporariamente as vendas da TIM no estado. A proibição foi resultado de uma ação judicial da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Ceará. A TIM, na época, crescia bastante no país. A Comissão alegou que ela não havia investido na infraestrutura para poder atender aos novos assinantes, o que havia levado à degradação do serviço.

Em fevereiro deste ano, foi a vez da justiça de Pernambuco bloquear vendas da empresa, também temporariamente. Nessa vez, a ação judicial que levou à interdição foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco e pela Associação em Defesa da Cidadania e do Consumidor. A TIM respondeu que acataria a determinação judicial e que havia investido 80 milhões de reais em 2011 em Pernambuco. Também disse que pretendia investir mais 250 milhões de reais no período de 2012 a 2014.

O próprio Paulo Bernardo fez críticas à TIM em junho do ano passado, depois que o serviço de internet da Intelig – controlada por ela – sofreu três apagões em menos de um mês. Nesta vez, Paulo Bernardo ameaça proibir as vendas da operadora em seis ou sete estados.

"Ou a TIM investe e melhora o serviço, ou vamos proibir a venda de novos planos”, disse ele num encontro com empresários em Brasília. A TIM respondeu numa nota em que diz que está à disposição da Anatel para prestar esclarecimentos. "A operadora está à disposição do órgão regulador para tratar de eventuais deficiências suscetíveis à rede de uma operadora móvel", afirma o texto.

A empresa divulgou, hoje, sua participação no programa Banda Larga 0800 do governo federal. Trata-se de um serviço de dados que funciona como as linhas telefônicas 0800. Quem paga a conta do acesso é a empresa cujo site será visitado. Os primeiros testes começam neste sábado no Distrito Federal com o acesso gratuito a alguns serviços públicos. A TIM também convocou um encontro com a imprensa para amanhã, quando deve anunciar novos planos de banda larga fixa.

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