TIM quer participar do programa do governo federal para universalizar o acesso rápido à Internet no Brasil (Enzo Forciniti)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2011 às 15h55.
São Paulo - A TIM Participações espera fechar um contrato com a Telebrás nos próximos meses para participar do programa do governo federal para universalizar o acesso rápido à Internet no Brasil.
A operadora móvel ainda está avaliando junto à estatal as localidades onde haveria mais sinergia com sua rede atual, disse à Reuters o diretor de Assuntos Regulatórios da TIM, Mario Girasole.
"Até o fim do ano queremos ter alguma coisa operacional, algo de curtíssimo prazo."
A TIM usará a Intelig como um dos veículos para contratos com a Telebrás, especialmente quando for necessário complementar a rede da estatal para chegar ao usuário final, afirmou Girasole.
As operações de telefonia móvel da TIM seriam utilizadas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) onde houver sinergias com a oferta de rede 3G, segundo o executivo.
O PNBL foi lançado pelo governo em maio de 2010 com a meta de levar a Internet de alta velocidade a 4.283 municípios brasileiros até 2014, por meio de uma rede de cerca de 30 mil quilômetros, e com preço para o consumidor final menor do que os praticados atualmente.
Na semana passada, a Telebrás assinou o primeiro contrato de fornecimento de banda larga dentro do PNBL com o provedor de acesso Sadnet, em Santo Antônio do Descoberto (GO). O preço do megabite ao consumidor será de 35 reais.
A Telebrás foi vista inicialmente com descofiança por executivos e empresários do setor de telecomunicações, para os quais o setor privado teria condições de liderar o PNBL. Eles temiam competição em bases desiguais de uma estatal.
Apesar de ser um projeto de cunho social, o PNBL pode representar uma oportunidade para as empresas chegarem a lugares pouco atendidos ou onde há apenas uma prestadora de serviços de Internet, disse Girasole, acrescentando que a TIM está confiante em ser um "um parceiro importante para a Telebrás e o governo".
O diretor da TIM também disse que há interesse em fazer parcerias com operadoras privadas a fim de aumentar a qualidade da infraestrutura. "Ninguém sozinho carrega a banda larga no país, as grandes parcerias estão à frente da instalação do backbone."
Para a analista Rosângela Ribeiro, da SLW Corretora, embora já seja esperado pelo mercado, um acordo com a Telebrás no PNBL seria positivo para as ações das operadoras de telefonia.