TikTok: decisão da Suprema Corte pode levar app a deixar os EUA (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 21h01.
A Suprema Corte dos EUA decidiu nesta sexta-feira, 17, que a polêmica proibição do TikTok pode entrar em vigor neste fim de semana, rejeitando um recurso dos donos do aplicativo chinês. Eles argumentavam que a medida violava a Primeira Emenda.
Em um vídeo publicado na plataforma, o CEO do TikTok, Shou Chew, comentou o posicionamento de Donald Trump, que assume a presidência americana na próxima segunda-feira.
“Quero agradecer ao presidente Trump por seu compromisso em trabalhar conosco para encontrar uma solução que permita que o TikTok permaneça disponível nos Estados Unidos”, afirmou Chew nesta sexta-feira.
A decisão da Suprema Corte valida a lei aprovada durante o governo Biden que ameaça o TikTok com a proibição a partir de domingo. A lei exige que o aplicativo venda suas operações no país para uma empresa americana ou que deixe o mercado dos EUA. No entanto, Donald Trump, que será empossado presidente em breve, solicitou tempo para analisar o caso antes de implementar a medida.
O CEO do TikTok, Shou Chew, é um dos convidados de honra da cerimônia de posse de Trump. Segundo ele, a empresa acredita que uma solução poderá ser encontrada para evitar a saída do aplicativo dos EUA.
A lei que embasa a proibição do TikTok foi aprovada após alertas do governo Biden sobre o aplicativo representar uma ameaça "grave" à segurança nacional, devido aos seus vínculos com a China. Trump, por sua vez, declarou na rede Truth Social: “A decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas primeiro preciso analisar a situação”.
Enquanto isso, a Bloomberg apontou que uma solução envolvendo o empresário Elon Musk pode ser negociada. Musk, que já é dono da plataforma X, estaria sendo cogitado para assumir o controle do TikTok, segundo fontes próximas. O bilionário mantém boa relação com Trump, o que poderia facilitar um desfecho favorável para o aplicativo.
Apesar das incertezas, a própria rede social anunciou nesta semana que manterá o salário dos seus funcionários nos EUA, sinalizando que acredita em outro desfecho para o caso. Já o atual presidente, Joe Biden, afirmou que a decisão sobre o TikTok será responsabilidade do futuro ocupante da Casa Branca.
O desenrolar do caso dependerá da análise de Trump e das negociações políticas envolvendo o TikTok, que segue na mira por questões de segurança nacional.