Tecnologia

TikTok segue indisponível nas lojas de aplicativo dos EUA mesmo após liberação de Trump

Usuários não estariam conseguindo realizar novos downloads do aplicativo, segundo a Reuters

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 19h50.

Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 20h25.

Um dia após o presidente Donald Trump assinar uma ordem executiva que adiou a proibição do TikTok nos Estados Unidos por mais 75 dias, o aplicativo continuou indisponível nas lojas do Google e da Apple. As informações são da agência de notícias Reuters.

Quando um usuário entra na Apple Store para baixar o TikTok, a mensagem que aparece é de que "o TikTok e outros aplicativos da ByteDance não estão disponíveis no país ou região em que você está". O mesmo acontece com a PlayStore, onde o usuário lê "os downloads deste aplicativo estão pausados ​​devido aos atuais requisitos legais dos EUA".

Para analistas ouvidos pela Reuters, o atraso em permitir a retomada dos downloads pode estar relacionado às big techs estarem aguardando proteções adicionais para ter certeza que não serão punidas caso voltem a permitir a obtenção do aplicativo.

Google, Apple e TikTok não responderam aos questionamentos feitos pela agência de notícia sobre o assunto.

Ordem Executiva de Trump

Em um dos decretos assinados por Trump no dia de sua posse, esteve a revogação por 75 dias do TikTok nos Estados Unidos. A medida entrou em vigor imediatamente e deu mais tempo a ByteDance, controladora chinesa da rede social, para encontrar uma solução que atenda às preocupações de segurança nacional levantadas pelo governo americano.

O presidente argumentou que o TikTok precisa de participação majoritária de investidores americanos para permanecer ativo no país, uma condição que pode elevar seu valor a centenas de bilhões de dólares. 

Histórico de tensões entre EUA e ByteDance

O TikTok está no centro de um embate geopolítico desde 2020, quando o governo americano alegou que a plataforma representava um risco à segurança nacional. Autoridades acusam o aplicativo de permitir que o governo chinês colete dados de cidadãos americanos—a acusação é negada pela ByteDance.

No primeiro mandato de Trump, houve tentativas de venda do TikTok para empresas como Oracle e Walmart, que não avançaram devido a impasses legais e políticos. Na gestão de Joe Biden, o Congresso aprovou um projeto de lei que previa o banimento da rede social, caso a ByteDance não se desfizesse de seus ativos nos Estados Unidos.

Proposta de joint venture pode ser solução

Durante uma cerimônia na Casa Branca, Trump sugeriu uma alternativa que evitaria o banimento definitivo: uma joint venture na qual investidores americanos controlariam 50% da plataforma. “Com nossa aprovação, o TikTok poderia valer até US$ 1 trilhão,” afirmou o presidente, enfatizando que sem um acordo, o aplicativo será proibido.

A proposta ainda depende de negociações com a ByteDance e da aprovação do governo chinês, que vê a venda como uma possível "perda de soberania digital". Nos bastidores, Trump teria conversado com o presidente chinês Xi Jinping na tentativa de facilitar um acordo. O TikTok possui atualmente cerca de 170 milhões de usuários nos Estados Unidos, número que representa mais da metade da população do país.

Acompanhe tudo sobre:TikTokEstados Unidos (EUA)Tecnologia

Mais de Tecnologia

A curiosa bateria nuclear chinesa que tem o tamanho de uma moeda e pode durar 50 anos

Para trazer mamute extinto de volta, startup recebe US$ 200 milhões em investimento

Brasil questiona mudanças na moderação de conteúdo da Meta em audiência pública com big techs

Carro elétrico com painéis sólares? Esse Cybertruck indica um futuro sem veículos em tomadas