TikTok (NurPhoto/Getty Images)
Os algoritmos de recomendação em aplicativos como TikTok e YouTube são claramente o ''ouro'' dessas empresas. Contudo, apesar dos acertos quando se trata de entreter os usuários, esses aplicativos são constantemente escrutinados sobre como é feito o processo de indicação de conteúdo.
No caso do TikTok, para contornar o problema e também aliviar a pressão que vem sofrendo sobre o acesso de menores de idade ao app, o serviço controlado pela ByteDance anunciou na terça-feira, 20, um recurso, no caso uma nova aba, que vai explicar como determinado vídeo foi parar no feed de quem assiste.
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Previsto para janeiro de 2023, mas já antecipado pela empresa, o TikTok considera ações de usuários, como os vídeos que o usuário consome, curte ou compartilha, comentários que posta, ou termos que pesquisa. Outros fatores são as contas que uma pessoa segue ou contas sugeridas a ela; conteúdos postados recentemente na região e conteúdos populares na região.
A explicação, ainda que simplória, é uma tentativa de dar mais transparência ao serviço que está sob ameaça de regulação em diversos países. Na contramão, a decisão cria novas perguntas, já que o app já demonstrou que também interfere nas recomendações baseado no que a própria ByteDance estimula a ser popular em determinados períodos.
Segundo fontes consultadas pela EXAME, durante a expansão da operação do TikTok no Brasil, acelerada na pandemia, a empresa viu a necessidade de estimular temas e comunidades para conseguir a entrada de anunciantes. Assim, produtores de conteúdo foram escalados pela plataforma e receberam incentivos e reforços de audiência feitos manualmente. A intenção era gerar engajamento com o público que estava conhecendo o app na época.
O exemplo serve para ilustrar como o sistema de recomendação do TikTok, ainda que leve em conta os fatores apresentados pela empresa, é gerido de outras formas na hora de decidir qual vídeo é ou não interessante para quem usa o app.