Tecnologia

TikTok na mira: EUA iniciam bloqueio enquanto ByteDance planeja contra-ataque estratégico

Aplicativo planeja suspender acesso aos americanos no domingo, dia 19

Vincenzo Calcopietro
Vincenzo Calcopietro

Redator na Exame

Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 11h07.

A partir deste domingo, 19, entrará em vigor nos Estados Unidos a lei que bloqueia o TikTok, segundo informações divulgadas pelo The Information. Em resposta, a ByteDance, empresa chinesa dona do aplicativo, planeja desativar sua operação no país no mesmo dia.

Caso a estratégia da ByteDance se concretize, o bloqueio afetará apenas novos usuários, que não poderão mais baixar o aplicativo, enquanto os atuais ainda terão acesso limitado à plataforma. Essa medida busca minimizar os impactos da lei aprovada em abril de 2024, que determinou que o TikTok fosse vendido a uma empresa americana sob pena de banimento.

Ao desativar o app, a empresa pretende redirecionar os usuários para um site com informações sobre a proibição. Além disso, será oferecida a possibilidade de baixar os dados pessoais, garantindo maior transparência e controle para os usuários.

Independentemente da reação da ByteDance, o impacto será significativo: mais de 170 milhões de americanos perderão o acesso integral ao TikTok.

Por que o TikTok está sendo banido?

A justificativa do governo americano para o bloqueio do TikTok está fundamentada na “Lei de Proteção de Aplicações Controladas de Adversários Estrangeiros”, sancionada por Joe Biden em 2024. O argumento central é que a ByteDance representaria um risco à segurança nacional, podendo usar o TikTok para espionagem e disseminação de propaganda antiamericana.

O governo exige que a empresa venda as operações do TikTok nos EUA para evitar o banimento, mas a ByteDance tem resistido, alegando que a medida viola a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão.

O papel de Donald Trump

Com sua posse agendada para 20 de janeiro, Donald Trump sinalizou apoio ao adiamento da aplicação da lei, buscando negociar alternativas que poderiam preservar o aplicativo em solo americano durante seu mandato.

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