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The New York Times vai cobrar por conteúdo na web

A partir do dia 28, os leitores terão de pagar para ler o jornal The New York Times na web. Mas ainda será possível ler artigos por meio de sites de busca e redes sociais

The New York Times: o tradicional jornal americano vai cobrar de quem quiser ler seu conteúdo na web (Mario Tama / Getty Images)

The New York Times: o tradicional jornal americano vai cobrar de quem quiser ler seu conteúdo na web (Mario Tama / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 11h57.

São Paulo — A partir do dia 28, leitores de todo o mundo terão de pagar para ter acesso ao conteúdo integral do jornal The New York Times na internet. Os valores de assinatura variam entre 15 e 35 dólares. Quem não quiser pagar, só terá acesso a vinte artigos por mês.

A grande novidade do projeto, contudo, é a "parceria" entre o jornal e as ferramentas da internet: o usuário que chegar ao portal através de sites de busca, Twitter ou Facebook terá acesso ilimitado ao conteúdo. Há uma exceção importante, porém: quem for levado ao Times por meio do Google só poderá ler cinco artigos por dia.

A cobrança pelo conteúdo, planejada há meses, não é inédita. Em 2005, o jornal chegou a colocar a medida em prática, mas a tentativa fracassou e a empresa recuou. O objetivo, agora, é compensar, com a assinatura eletrônica, a perda de receita registrada nas vendas da versão impressa do jornal e a consequente queda na publicidade.


O preço da assinatura varia de acordo com o dispositivo usado para a leitura. Os usuários que acessarem o site por meio de um computador ou aplicativo para smarthphone pagarão 15 dólares por mês. Os leitores que preferirem fazer a leitura tanto por meio do computador como do aplicativo para iPad pagarão 20 dólares mensais. Já quem usar o site, o celular e o tablet gastará 35 dólares pelo pacote. Todos os planos são ilimitados e o acesso será gratuito àqueles que já assinam a versão impressa da publicação.

Em comunicado oficial, o presidente e publisher do Times, Arthur Sulzberger Jr., justificou a mudança: "É uma significativa transição para o jornal, que, a partir de agora, terá assinatura digital. Esse é um importante passo e esperamos que o leitor encare a decisão como um investimento, que reforçará nossa habilidade em oferecer jornalismo de qualidade para leitores em todo o mundo e em todas as plataformas."

Segundo a seção de Perguntas Frequentes do jornal, os posts de blogs serão considerados "artigos" e serão contabilizados no pacote gratuito de 20 matérias mensais. Caso a cota seja atingida, o site exibirá um pop-up perguntando se o leitor gostaria de se tornar um assinante.

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