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Tesla inicia testes de robotáxis em junho com operação restrita e monitoramento remoto

Empresa adota postura cautelosa em Austin, enquanto concorrente Waymo acelera e ultrapassa marca de 10 milhões de corridas

Cybercab: protótipo dos robotáxis da Tesla (Tesla/Reprodução)

Cybercab: protótipo dos robotáxis da Tesla (Tesla/Reprodução)

Publicado em 21 de maio de 2025 às 10h35.

Última atualização em 21 de maio de 2025 às 13h55.

Os primeiros testes do serviço de robotáxis da Tesla começam em junho em Austin, Texas. Inicialmente, segundo o CEO Elon Musk, em entrevista à CNBC, eles estarão limitados às regiões consideradas pela empresa como mais seguras, utilizando um sistema que restringe geograficamente a operação dos veículos (geofence). Testes na Califórnia e outros estados podem ser realizados ainda em 2025.

Essa estratégia representa uma grande mudança nas práticas da empresa, visto que Musk diz, há alguns anos, que a tecnologia desenvolvida pela Tesla permitiria que os carros autônomos operassem em qualquer lugar, sem supervisão.

Cruzamentos serão evitados, por exemplo, até que haja confiança na capacidade dos veículos para transitar por eles. Ou seja, uma abordagem extremamente cautelosa para os padrões da empresa, classificada por Musk como “paranoica”.

Por isso, apesar de não possuírem operador interno, os testes serão monitorados remotamente por funcionários da Tesla, que poderão intervir em caso de emergência. A operação começará com cerca de 10 SUVs Model Y equipados com a versão do software “Full Self-Driving”, com previsão de aumento gradual da frota.

Concorrência com Waymo

Em outubro do ano passado, no evento “We, Robot”, Elon Musk apresentou o protótipo Cybercab, destinado a táxi autônomo. A novidade, prevista para custar US$ 30 mil, se soma ao histórico de promessas ambiciosas, muitas não cumpridas dentro do prazo, e promete inúmeras funcionalidades. Até o momento, não há previsão para seu lançamento.

Enquanto isso, em março de 2025, o CEO da Alphabet, dona do Google, Sundar Pichai, anunciou em sua conta no X que a Waymo, subsidiária da empresa que opera o serviço desde 2020, já realizava 200 mil corridas pagas por semana — crescimento de 20 vezes em menos de dois anos e de quatro vezes em cerca de nove meses.

No mês seguinte, o número subiu para 250 mil e, na terça-feira, 20, o co-CEO da empresa, Tekedra Mawakana, anunciou a marca de 10 milhões de viagens realizadas, dobrando, nos cinco primeiros meses de 2025, as corridas registradas até então.

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