Depois da briga entre as operadoras para ver quem arrematava a licença para oferecer serviços de terceira geração (3G) de telefonia celular, vem a pergunta: quando que este serviço realmente irá decolar no Brasil? Uma pesquisa do IDC, consultoria especializada em telecomunicação, aponta que somente em 2009 que o país conseguirá oferecer o serviço com preço acessível para o consumidor.

A conclusão se deu após a consultoria analisar o caso da Malásia, país que teve várias operadoras lançando de forma simultânea os serviços 3G. Neste país, demorou-se mais de dois anos, após a introdução da primeira rede de 3G, para a começar a migração dos serviços de segunda geração (2G) para 3G. E, mesmo assim, apesar de todos os atrativos que as operadoras de celular oferecem para atrair a clientela, observa-se que os atuais usuários de 3G na Malásia gastam, praticamente, a mesma quantia quando tinham suas contas de 2G. Por essa razão, a Malásia conta com menos de 4% do total de usuários móveis assinando um plano de 3G.

Essa observação, de acordo com a IDC, mostra que no curto prazo a 3G não representa um forte gerador de receita para as operadoras móveis. Por isso, a consultoria acredita que o Brasil possa seguir os mesmos passos da Malásia. No último trimestre do ano, a média do fluxo de caixa das operadoras brasileiras foi de 23%, enquanto que para a maioria das operadoras européias essa média foi 40%. Além disso, cerca de 80% dos usuários brasileiros são pré-pagos, com gasto médio de 10 dólares por mês.