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Tepco detecta outro poço de radiação na usina de Fukushima

Tepco detecta radiação em outro poço perto do tanque onde ocorreu o vazamento de água radioativa

fukushima (Abode of Chaos/flickr)

fukushima (Abode of Chaos/flickr)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 06h36.

Tóquio - A operadora responsável pela usina nuclear de Fukushima detectou radiação em outro poço perto do tanque onde ocorreu recentemente um vazamento de 300 toneladas de água radioativa, o que mostra que pode estar havendo contaminação nos lençóis freáticos que estão no subsolo da usina, informou nesta terça-feira (10) a emissora "NHK".

Operários da Tokyo Electric Power (Tepco) detectaram 3,2 mil becquerels por litro de substâncias radioativas em um poço que está a 20 metros do tanque onde houve o vazamento, que serve como reservatório para a água utilizada no resfriamento dos reatores e que se torna radioativa ao entrar em contato com os núcleos dos átomos parcialmente fundidos.

Os materiais, que emitem estrôncio e outros tipos de radiação beta, foram detectados em amostras coletadas pelos técnicos no último domingo.

Na última quinta-feira, a Tepco disse que tinha detectado 650 becquerels por litro em amostras coletadas em outro poço próximo do reservatório, na chamada área de tanques H4.

Essa última descoberta indica a possibilidade de que o vazamento do tanque pode ter contaminado a água dos lençóis naturais que existem no subsolo da usina, atingida por um terremoto e um tsunami em 11 de março de 2011.

Cerca de 400 toneladas da água subterrânea penetram diariamente nos porões dos edifícios dos reatores, cujas estruturas ficaram danificadas no terremoto, e se misturam com a água contaminada.

Como resultado dessa acumulação, acredita-se que 300 toneladas de água tóxica são despejadas todos os dias no oceano Pacífico.

A Tepco prepara um sistema para retirar a água de vários poços com o uso de bombas para evitar que cheguem até os porões e se misturem com a água contaminada.

No entanto, a última descoberta pode afetar esse plano, já que o primeiro poço do qual se planeja retirar a água está a 130 metros do local onde foram detectados os 3,2 mil becquerels por litro.

O jornal econômico "Nikkei" informou hoje que o ministro de Estado de Ciência e Tecnologia, Ichita Yamamoto, pode fazer uma viagem a Viena, entre os dias 15 e 17 de setembro, para informar à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) sobre o novo plano do governo para solucionar os vazamentos de água radioativa.

Na semana passada, o Executivo japonês anunciou que investirá cerca de 355 milhões de euros para corrigir os problemas da usina nuclear.

O "Nikkei" também informou sobre a possibilidade de uma vista da delegação da AIEA à usina japonesa ainda este ano.

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