Pikachu na China: monstrinhos podem desembarcar no mercado chinês em breve (Ñintendo/Divulgação)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 27 de julho de 2019 às 12h33.
São Paulo – A febre Pokémon conquistou quase todo o mundo. Mas faltava ainda a China. Na segunda-feira (22), a Tencent, gigante chinesa de tecnologia, anunciou um acordo com a Nintendo para o desenvolvimento de novos jogos eletrônicos da franquia que se tornou popular no Brasil no começo da década passada.
Responsável pelo aplicativo WeChat – uma espécie de WhatsApp chinês e que já tem mais de 1 bilhão de usuários –, a companhia com sede em Shenzhen vai usar o estúdio TiMi para ajudar a Nintendo finalmente vai ganhar território em um dos maiores mercados de jogos do planeta, mas que ainda é dominado por títulos locais.
Há, porém, um problema a ser resolvido. Desde agosto do ano passado, o ministério da Cultura e do Turismo da China passou a impedir o lançamento de novos títulos na região. Isso fez com que pesquisas recentes apontassem que o Estados Unidos poderia recuperar a liderança global do setor em 2019.
Sobre o jogo em si, ainda não foram revelados muitos detalhes das novas aventuras de Pikachu e sua turma. Com foco no mercado mobile, a Tencent pode apostar em tecnologias como realidade aumentada e inteligência artificial na produção, como já fez anteriormente.
O título “Let’s Hunt Monsters”, por exemplo, traz recursos – e enredo – semelhantes aos adotados em Pokémon Go, lançado em 2016 e que tem previsão de faturamento de 3 bilhões de dólares neste ano, de acordo com dados da empresa de análises Sensor Tower.
A Tencent vem ganhando espaço no mercado de videogames. Nos últimos anos, a empresa investiu em estúdios consagrados como Riot Games, Blizzard e SuperCell. Também foram feitos investimentos na Epic Games, responsável pelo título Fortnite. Com mais de 250 milhões de jogadores, o game se tornou um fenômeno virtual e chegou a lucrar mais de 3 bilhões de dólares em 2018.