Internet: o governo estima que sejam instaladas cerca de 200 antenas por dia, atendendo até 40.000 áreas que não contam com pouca ou nenhuma conexão de internet (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2018 às 05h28.
Última atualização em 12 de março de 2018 às 06h58.
O programa Internet para Todos, do governo federal, que planeja prover acesso banda larga a municípios e regiões sem conexão, começa a decolar nesta segunda-feira.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:
Em uma cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer e o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, concretizam a entrada de 2.260 cidades já prontas para assinar o termo de adesão e outras 330 que demonstraram interesse em fazer parte do projeto.
O projeto foi iniciado em maio do ano passado, com o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que recebeu 3 bilhões de reais em investimentos. Em órbita por 18 anos, o satélite garantirá conexão a preços reduzidos às cidades participantes, que devem começar a receber antes de recepção do sinal a partir de maio.
O governo estima que sejam instaladas cerca de 200 antenas por dia, atendendo até 40.000 áreas que não contam com pouca ou nenhuma conexão de internet.
No programa também está prevista a instalação de banda larga em todas as escolas do país, com 7.000 delas recebendo a instalação ainda neste ano, além de hospitais e postos de saúde.
Segundo uma pesquisa realizada pelo consórcio Business Software Alliance (BSA), que representa grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Adobe e Apple, o Brasil tem atualmente 25 milhões de assinaturas de banda larga fixa, atentando a 12% de toda a população.
A média dos países pesquisados é de 21% da população com banda larga. Nossos números de internet via fibra ótica são ainda menores: 1,3 milhão de assinaturas, somente.
O Brasil é altamente conectado via celular, no entanto, com 180 milhões de assinaturas ativas de internet móvel, o que representa 89% da população. Se o programa conseguir aumentar nossos índices de acesso, velocidade e levar internet para mais pessoas (a preços mais acessíveis), o efeito direto e indireto para a economia tende a ser gigantesco.
É daquelas mudanças menos óbvias mas que ajudariam a fazer o Brasil pelo menos crescer no ritmo das grandes economias do planeta. Só precisa funcionar.