Tecnologia

Em nenhuma capital teles têm todos os índices de qualidade

Quando indicadores para dados 2G e 3G são segregados, em nenhuma das capitais as quatro principais operadoras conseguiram atingir todas as metas


	Loja da Oi no Rio: a Oi, que em agosto de 2012 era única a alcançar índice de 98% de conexão, perdeu em qualidade, caindo de 98,97% para 96,48% em abril de 2013
 (Marcelo Correa / EXAME)

Loja da Oi no Rio: a Oi, que em agosto de 2012 era única a alcançar índice de 98% de conexão, perdeu em qualidade, caindo de 98,97% para 96,48% em abril de 2013 (Marcelo Correa / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 16h18.

Ao analisarmos a qualidade do serviço móvel nas capitais brasileiras, apenas em três os indicadores de qualidade de voz e de dados em abril foram atingidos por todas as operadoras: Campo Grande, Cuiabá e Maceió.

Entretanto, quando os indicadores para dados 2G e 3G são segregados, absolutamente em nenhuma das capitais as quatro principais operadoras – Claro, Oi, TIM e Vivo – conseguiram atingir todas as metas.

Em Campo Grande, a Vivo não atingiu a meta de 98% de taxa de conexão de dados em 2G, registrando índice de 97,65%. Em Cuiabá e Maceió, o problema se deu na conexão de dados 3G: a Claro obteve taxas de conexão de 95,3% e 97,98%, respectivamente, abaixo da meta de pelo menos 98% estipulada pela Anatel.

O cenário de dados móveis de maneira geral não evoluiu como o esperado pela Anatel, quando em julho de 2012 chegou a suspender novas habilitações das operadoras móveis dado o elevado número de reclamações no call center da agência.

Nas capitais carioca e paulista, o problema se agravou. No Rio, todas as quatro operadoras não atingiram o indicador de qualidade de 98%. A Oi, que em agosto de 2012 era a única a alcançar o índice, perdeu em qualidade, caindo de 98,97% para 96,48% em abril de 2013. Claro teve uma pequena melhora de 94,12% para 96,97% no período, chegando a registrar índice de 83,35% em janeiro deste ano. Os indicadores de Vivo e TIM também caíram, fechando abril em 95,91% e 94,15%, respectivamente.

Em São Paulo, o problema é similar. A Oi era a única a atingir a meta em agosto, com 98,26%, mas se juntou às três demais ao final de abril que não alcançaram o indicador, com índice de 96,85%. A TIM saiu de 91,7% em agosto para 93,22% em abril; a Claro aumentou de 95,15% em agosto para 97,79% em abril; e a Vivo, que apresentava em setembro índice de 85,45%, chegou a 96,3% em abril.


Em Manaus, a Oi que tinha um índice de 99,63% de conexões de dados em agosto de 2012, teve esse índice reduzido gradualmente ao longo dos meses, ficando abaixo da meta em novembro do ano passado (95,07%), chegou a 90,96% em dezembro e fechou abril com índice de 95,32%. A Vivo apresentou melhora de 85,67% em agosto de 2012 para 92,36% em abril deste ano, mas continua abaixo da meta da agência. Em Vitória, as quatro operadoras entre outubro e dezembro do ano passado ficaram abaixo da meta e apenas a Claro conseguiu atingir mais de 98% (99,97%) em abril.

Houve melhora em Salvador: logo após a punição, Oi, Vivo e TIM estavam abaixo da meta de 98% de taxa de conexão de dados. Em abril, Vivo e TIM atingiram superaram o indicador – a Oi, apensar de continuar abaixo da meta, melhorou de 88,73% em agosto para 91,16% em abril último.

Tecnologias

A qualidade de conexão de dados 2G é problemática em quase todas as capitais do Brasil. Apenas três capitais não apresentaram problemas com a qualidade das conexões EDGE: Cuiabá, Maceió e São Luís. No extremo oposto, onde nenhuma operadora atingiu a meta, estão outras duas maiores capitais: Rio de Janeiro e São Paulo. Em três capitais, apenas uma operadora, a Claro, atingiu o indicador de qualidade para dados 2G: Aracajú, Porto Alegre e Vitória. Em Porto Velho, a Oi não tem dados contabilizados e apenas a Claro atingiu o indicador acima de 98%. Em Boa Vista, não aparecem dados da Claro e a Vivo aparece abaixo da meta.

Duas operadoras atingiram a meta em oito capitais: Belo Horizonte (Claro e Vivo), Brasília (Claro e Vivo), Curitiba (Claro e Oi); Florianópolis (Oi e Claro), Fortaleza (Claro e Vivo), Manaus (Claro e TIM), Salvador (Claro e Vivo) e Teresina (Claro e Vivo). Nas demais nove capitais, apenas uma tele não atingiu o indicador de dados para 2G: em Belém (TIM), Campo Grande (Vivo), Goiânia (TIM), João Pessoa (Oi), Macapá (Vivo), Natal (Oi), Palmas (Oi), Recife (Oi) e Rio Branco (Vivo).


A situação é um pouco melhor no 3G, em que apenas dez capitais apresentaram problemas. Em Belém, apenas a Oi não atingiu o indicador de 98% de taxa de conexão de dados 3G; Boa Vista, Vivo; Cuiabá, Claro; Macapá,Vivo; Maceió, Claro; Fortaleza, Claro (Oi não computou dados); Goiânia, Claro; Palmas, Claro e Oi; Salvador, Claro (Oi não computou dados); Teresina, Claro (Oi não computou dados).

Mas o destaque negativo no 3G foi da TIM, que não atingiu a meta de ficar abaixo de 5% na taxa de queda de conexão de dados em Florianópolis e São Paulo, obtendo índices de 6,33% e 7,14%, respectivamente. Nas demais capitais, não houve problemas para as teles atingirem essa meta.

Voz

Os indicadores de qualidade de voz, por sua vez, foram atingidos na maioria das capitais brasileiras. As exceções foram Boa Vista, onde a taxa de conexão de voz da Oi ficou abaixo da exigência de 95% da agência reguladora, com apenas 89,58%; Fortaleza, onde a Oi registrou índice de 94,19%; Macapá, onde a taxa da Vivo ficou em 92,52%; Porto Alegre, em que Oi obteve 94,54%; Rio de Janeiro, onde Claro chegou a somente 89,69%; e Teresina, com Oi atingindo 91,07%.

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