Tecnologia

Telegram agora é lucrativo, diz CEO Pavel Durov

Aplicativo conta com 12 milhões de assinantes pagos e mais de US$ 500 milhões em reservas de caixa

Pavel Durov: CEO e fundador do Telegram (Chris Ratcliffe/Getty Images)

Pavel Durov: CEO e fundador do Telegram (Chris Ratcliffe/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 23 de dezembro de 2024 às 10h45.

Última atualização em 26 de dezembro de 2024 às 10h25.

O Telegram, aplicativo de mensagens fundado pelo russo Pavel Durov, anunciou que alcançou a lucratividade em 2024. Segundo Durov, a receita total da empresa ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão no ano.

A base de usuários pagantes também se expandiu: o serviço de assinatura premium, lançado em 2022, já conta com 12 milhões de assinantes. Além disso, Durov destacou que o Telegram encerrará o ano com mais de US$ 500 milhões em reservas de caixa, sem incluir seus ativos em criptomoedas.

Outro ponto relevante para a saúde financeira da empresa foi a redução da dívida. Segundo Durov, o Telegram emitiu cerca de US$ 2 bilhões em títulos de dívida nos últimos quatro anos. No entanto, parte significativa desse valor foi quitada durante. "Ainda há muito trabalho pela frente", comentou o CEO em uma publicação na plataforma X.

Recursos e planos futuros

Com mais de 950 milhões de usuários ativos mensais, o Telegram tem diversificado suas funcionalidades para aumentar a receita.

Entre os destaques estão ferramentas voltadas para negócios, um serviço de compartilhamento de receita publicitária, monetização de conteúdo pago em canais e o lançamento de uma mini loja de aplicativos.

Embora tenha anunciado a lucratividade antes do previsto, Durov havia declarado, em entrevista ao Financial Times, que esperava atingir esse marco apenas em 2025.

Ele também confirmou a intenção de abrir o capital no futuro, sinalizando a continuidade da expansão do Telegram como uma força significativa no mercado de tecnologia.

Fase ruim

Apesar do marco financeiro significativo, o Telegram enfrentou turbulências recentes relacionadas a seu fundador e CEO, Pavel Durov. Em 24 de agosto de 2024, Durov foi preso na França sob uma série de acusações, incluindo lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

A detenção ocorreu no aeroporto de Le Bourget, nos arredores de Paris, após sua chegada de um voo particular vindo do Azerbaijão. Ele ficou detido por 96 horas antes de ser indiciado por 12 crimes e foi libertado mediante pagamento de 5 milhões de euros

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