São Paulo - A Telefônica espera alterar a composição de suas receitas nos próximos anos, com um aumento do peso dos serviços de banda larga. Conforme o planejamento estratégico da companhia recém apresentado em Londres, a participação da banda larga sobre a receita passará de 15% em 2010 para 25% em 2013, ao passo que a fatia de acesso e voz diminuirá de 82% para 68% no mesmo período. A receita com serviços além de conectividade tem a meta de crescer de 3% para 7%. Os dados foram revelados hoje no evento Futurecom, em São Paulo, pelo presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente.

O executivo destacou que a companhia está na última etapa da integração com a Vivo, após a saída do acionista Portugal Telecom no ano passado. A formalização da incorporação da Vivo pela Telefônica ocorreu em julho de 2010, e se encerrará na próxima semana, com unificação dos negócios em torno da holding. O executivo não deu mais detalhes sobre essa operação, mas comentou que a finalização do processo representa "grande satisfação, apesar da complexidade".

Com base na última sexta-feira, o valor de mercado da companhia chegou a R$ 55 bilhões, tornando-a a oitava empresa brasileira em termos de capitalização e entre as vinte maiores de telecomunicações no mundo (com valor superior a US$ 30 bilhões).

Conforme dados disponíveis em sua apresentação, a receita total do mercado brasileiro de telecomunicações deverá crescer de R$ 105 bilhões para R$ 120 bilhões em 2013, "o que colocaria o Brasil numa posição mais confortável no ranking mundial", segundo Valente. Hoje, o País é o quarto do mundo em receita, com base nos resultados do ano passado.

Banda larga

Na área de banda larga, Valente afirmou que a Telefônica hoje possui 500 mil domicílios dotados de fibra ótica no Estado de São Paulo, com 30 mil clientes conectados, o que segundo ele é o maior parque da América Latina.

Ao final de sua apresentação, Valente comentou que a Telefônica trará ao Brasil um projeto de incubadora de empresas, o Projeto Wayra, para jovens empreendedores. A Telefônica está selecionando locais que receberão o projeto, possivelmente com sede em São Paulo. Não foi revelado o investimento no Wayra.