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Telefônica dedicará R$ 2,5 bilhões adicionais para fibra até 2020

Para a operadora, há espaço suficiente no mercado de banda larga brasileiro, especialmente no segmento de velocidades acima de 34 Mbps

 (Michael Smith/Getty Images/Getty Images)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 26 de abril de 2018 às 11h41.

Após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, a Telefônica/Vivo reiterou a intenção de expandir a cobertura em fibra. Anunciado em uma conferência para investidores em Nova York e em teleconferência para analistas nesta quarta-feira, 25, o projeto visa adicionar mais de 20 novas cidades com fibra até a residência (FTTH) neste ano, incluindo 2 milhões de homes-passed a mais no período.

O projeto de aceleração de sua cobertura FTTH no País deverá contar com R$ 2,5 bilhões de investimentos adicionais no plano de investimentos de R$ 24 bilhões no triênio 2018-2020. A companhia contabilizava em março 89 cidades com 1,412 milhão de conexões de fibra até a residência, e planeja chegar a 9 milhões de homes-passed ainda neste ano e 14 milhões até 2020.

Para a operadora, há espaço suficiente no mercado de banda larga brasileiro, especialmente no segmento de velocidades acima de 34 Mbps . "Temos 5 mil cidades, e estamos falando que em menos de 10% há ultra banda larga hoje, então é uma grande oportunidade para nós", declara o COO da Vivo, Christian Gebara. "Por isso queremos dobrar os home-passed de hoje, com 7 milhões, para 14 milhões (em 2020). Estamos analisando a possibilidade de entrar em 400 ou 500 novas cidades", explica. "O mercado é gigante, e acho que há espaço para todos, estamos confiantes", diz o CEO da operadora, Eduardo Navarro.

Christian Gebara diz que, embora a concorrência também esteja investindo em FTTH, a Vivo já conta com uma implantação em larga escala. "Achamos que a Oi é um competidor relevante. Não temos visto a nova implantação, mas achamos que ela é forte", declara. Como diferenciação, afirma que o produto de fibra da operadora oferece mais características para atrair o cliente. "Nossa proposição é de mais velocidade, oferecemos FTTH de 100 e 300 Mbps, e também temos IPTV, o que é único da Vivo, e com nossa base pós-paga, temos benefícios cruzados, que é oferecer mais dados [para o cliente móvel]", diz.

IPTV

Considerando as conexões FTTC (até a calçada), a companhia conta com 216 cidades com fibra, sendo que o IPTV está presente em 65 cidades. A intenção da companhia é de continuar a mudar o foco do DTH para a TV por IP, já que todas as novas cidades com fibra terão o produto comercializado. "Nossa estratégia é de focar em IPTV em vez do DTH, é uma decisão estratégica porque [nas cidades onde a tecnologia está presente] estamos crescendo receitas acima de 66%", afirma Gebara. Nos resultados, a companhia já havia afirmado que a intenção é tirar a prioridade do DTH.

Segundo o COO da empresa, não houve mudança de estratégia no FTTH em relação à oferta de TV. "Apenas abrimos a possibilidade para consumidores que só querem banda larga", diz, lembrando que o preço acaba ficando maior.

Digitalização

Também foco da estratégia da empresa está na transformação digital. A companhia diz que a migração da base móvel para o modelo full stack já está em progresso. "Já estamos colocando em processo a digitalização, em dois ou três anos teremos a base total no modelo full stack, o que vai ajudar muito", declara Gebara.

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