Caio Bonilha, presidente da Telebrás: "Entendemos que podemos ajudar as demais operadoras a suportar os gargalos de tráfego que elas venham a ter" (Divulgação/Telebras)
Da Redação
Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 16h35.
Rio de Janeiro - A Telebrás já tem cerca de 500 milhões de reais em contratos assinados junto a fornecedores, o que dá à estatal "tranquilidade" para implementação de sua rede nacional, afirmou à Reuters o presidente da companhia de telecomunicações, Caio Bonilha.
Ele reafirmou ainda a expectativa da companhia de atingir um equilíbrio entre despesas e receitas já em 2013, e que buscará rentabilizar os investimentos feitos na rede.
"Temos hoje quase 500 milhões (de reais) em contratos assinados, mas já executamos mais de 40 por cento do orçamento e já temos comprometido mais de 50 por cento", disse Bonilha.
Nesta semana, a Telebrás foi formalizada como a empresa que vai garantir a infraestrutura de telecomunicações para a Copa das Confederações neste ano e a Copa do Mundo de 2014, além de outros eventos de grande porte.
"Esses quase 500 milhões de reais em contratos com fornecedores nos dão garantia, tranquilidade, de que os nossos insumos estão garantidos, e você sabe que comprar insumo numa estatal é complicado, o que temos feito hoje é avançar muito na implantação da rede." A empresa vai investir um total de 200 milhões de reais em obras, equipamentos e mão de obra para isso.
Ele disse ver oportunidades de negócios na Copa das Confederações e na Copa do Mundo além da obrigação da empresa de fornecer a infraestrutura para a organizadora Fifa, considerando que as operadoras podem recorrer à Telebrás devido à forte demanda por capacidade de rede nesses eventos.
"Como vamos estar nos estádios e nos principais pontos, como aeroportos... evidentemente que vamos disponibilizar a rede para outros clientes", explicou, sem entrar em detalhes.
Segundo Bonilha, para a Copa das Confederações a Telebrás já tem 70 por cento da rede implantada nas seis cidades, o que cria oportunidades para atender a operadoras. "Entendemos que podemos ajudar as demais operadoras a suportar os gargalos de tráfego que elas venham a ter." A estatal foi reativada em 2010 para liderar o Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), plano do governo para popularizar a banda larga no país, com serviços de 1 megabit por segundo custando até 35 reais.
E a expectativa da Telebrás é, também, capitalizar sobre isso, especialmente com fechamento de novos contratos e maior cobertura geográfica.
"Hoje estamos atendendo quase 400 cidades no Brasil com PNBL, temos mais de 80 contratos assinados com provedores, devemos, com esse nosso novo reposicionamento da rede, até o fim do primeiro semestre dobrar o número de contratos com provedores", afirmou o executivo.