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Técnica produz combustíveis a base de hidrogênio a partir de biomassa

Tecnologia pode reduzir tempo e custos de produção de combustíveis para carros verdes

hidrogenio (Reuters)

hidrogenio (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2015 às 05h55.

Cientistas norte-americanos conseguiram produzir hidrogênio a partir de biomassa em um procedimento experimental que poderia reduzir significativamente o tempo e os custos de produção do combustível - muito promissor para os chamados "carros verdes".

A descoberta, publicada na revista norte-americana da Academia de Ciências (PNAS), poderia ajudar a acelerar a produção em larga escala de veículos a hidrogênio mais econômicos e que não emitem gases de efeito estufa.

Atualmente, um dos maiores obstáculos para a produção em grande escala de hidrogênio é seu alto custo, já que é produzido a partir do gás natural.

Mas a distribuição do hidrogênio para usuários equipados com veículos movidos a células de combustível é outro desafio.

Ao contrário de outros métodos de produção de hidrogênio, os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Virgínia (Virginia Tech) criaram um processo biológico que utiliza enzimas que permitem produzir hidrogênio rapidamente e com altos rendimentos a partir de glicose e xilose, açúcares abundantes em resíduos de espigas de milho e folhas.

"Nós mostramos o passo mais importante para uma economia baseada no hidrogênio, ou seja, produzindo um hidrogênio acessível e limpo que vem de biomassa local", explicou Percival Zhang, professor de engenharia de sistemas biológicos em Virginia Tech.

Os pesquisadores disseram que já receberam um financiamento importante para a próxima etapa do projeto, que consiste em demonstrar a capacidade de produzir hidrogênio a partir de biomassa em escala industrial.

"Embora seja difícil prever o custo de produção em larga escala, esta nova técnica representa uma abordagem revolucionária que oferece muitas vantagens", afirmou Lonnie Ingram, diretor do centro para combustíveis renováveis da Universidade da Flórida, que não participou da pesquisa.

O projeto foi financiado em parte pela empresa petrolífera Shell no marco do programa GameChanger (ponto de inflexão) e da Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos.

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