. (John Shearer/TAS18/Getty Images)
São Paulo - Uma das maiores cantoras pop dos Estados Unidos, Taylor Swift, pode ter utilizado um sistema de reconhecimento facial em seu show para identificar perseguidores (ou “stalkers”). De acordo com um membro da equipe de segurança da cantora, o sistema teria captado imagens de pessoas presentes no show por meio de um quiosque que exibia clipes aparentemente sem maiores intenções.
Segundo a revista Rolling Stone, o show em questão ocorreu em maio na cidade de Los Angeles e mantinha uma câmera de reconhecimento facial inserida sobre a tela do quiosque tirando fotos de quem parasse para assistir aos clipes. “Todos que passavam por ele, paravam e olhavam, e o software começava a funcionar”, explicou Mike Downing, diretor da Oak View Group, responsável pela segurança do show.
Downing conta que as fotos dos espectadores eram enviadas a um “posto de comando” em Nashville, cidade onde Swift construiu sua carreira. Lá, as imagens eram cruzadas com um banco de dados de todos os conhecidos stalkers da cantora, que já realizaram diversos atentados à sua integridade e privacidade.
Até o momento, nenhum membro da equipe de Swift ou do Oak View Group se manifestou para esclarecer se os espectadores foram avisados sobre a presença do sistema nos quiosques ou o que foi feito com todas as imagens armazenadas. Embora possa ser considerada invasiva, a medida é legal em ambientes privados, já que os proprietários podem sujeitar as pessoas a qualquer tipo de vigilância.
Caso confirmado, o episódio seria o primeiro registro de uso de reconhecimento facial para cruzamento de imagens em shows. A tecnologia já é usada por governos de países como a China, que prendeu em abril um suspeito escondido em um show com seu sistema "Olhos Afiados". Nos Estados Unidos, a gerenciadora de ingressos Ticketmaster pretende implantar em breve um sistema que substitua as entradas impressas em papel pelo escaneamento dos rostos dos clientes, segundo reportagem do site The Verge.