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Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2015 às 10h14.
Os taxistas da França abriram nesta quinta-feira (25) uma guerra contra o serviço de transporte Uber, com uma nova greve que bloqueou estações de trem, o acesso a aeroportos e a circulação em algumas das principais cidades do país. Cerca de 3 mil taxistas denunciaram a "concorrência selvagem" do aplicativo, que põe em contato motoristas de carros privados com potenciais passageiros.
A Uber afirma que sei serviço de de baixo custo, o UberPOP, conta na França com 400 mil usuários devido ao número limitado de taxistas. Porém, esses motoristas não pagam taxas ou impostos, não tiveram a formação necessária nem têm um seguro profissional, afirmam os manifestantes.
O Conselho Constitucional decretou em maio que os motoristas que fazem parte da plataforma Uber poderão calcular suas tarifas com o mesmo critério que os taxistas, mas não podem captar clientes através de GPS. "Não podemos deixar que os motoristas de táxis sejam vítimas da lei da selva", declarou o presidente da Assembleia Nacional, o socialista Claude Bartolone.
A polícia esteve presente para evitar que o protesto se tornasse violento, mas não conseguiu impedir que, em alguns pontos, como na Porte Maillot, pneus fossem queimados.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, pediu calma e solicitou ao prefeito de Paris a emissão de um decreto para proibir a atividade do Uber na capital. Ele lembrou que a liberdade de empreender requer respeito ao princípio da concorrência leal, mas ressaltou que, em um Estado de Direito, a proibição só pode emanar de uma decisão judicial.
"Esperamos que um juiz se pronuncie rapidamente para evitar um drama", disse à imprensa o secretário-geral do sindicato CGT-Táxis, Karim Asnoun.