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Swatch se associa a bancos por relógio que faz pagamentos

A Swatch está se associando a gigantes chinesas do setor bancário para vender um relógio capaz de realizar pagamentos em lojas de todo o país


	Relógios da Swatch: relógio permitirá que os usuários realizem pagamentos em lojas que tiverem as máquinas de cartões de crédito da China UnionPay
 (Divulgação/Swatch)

Relógios da Swatch: relógio permitirá que os usuários realizem pagamentos em lojas que tiverem as máquinas de cartões de crédito da China UnionPay (Divulgação/Swatch)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 21h32.

A Swatch Group AG está se associando a gigantes chinesas do setor bancário para vender um relógio capaz de realizar pagamentos em lojas de todo o país, apresentando um desafio aos smartwatches da Apple Inc. e da Samsung Electronics Co.

O relógio permitirá que os usuários realizem pagamentos em lojas que tiverem as máquinas de cartões de crédito da China UnionPay Co., segundo a empresa com sede em Biel, na Suíça, que está se associando também ao Bank of Communications Co. (Bocom), um dos cinco maiores bancos da China.

À venda no varejo por 580 yuans (US$ 91), o aparelho chamado Swatch Bellamy será vendido na China nos estabelecimentos do Bocom e da Swatch a partir de janeiro do ano que vem e depois lançado na Suíça e nos EUA, disse o CEO Nick Hayek em uma entrevista coletiva em Xangai nesta quarta-feira.

Um chip de comunicação por campo de proximidade localizado sob o visor permite que o aparelho funcione de forma semelhante a um cartão de banco.

Ao explicar por que o relógio estava sendo vendido primeiro na China, Hayek disse que embora a Swatch sempre tenha considerado primeiro seu território doméstico, a Suíça, “meu Deus, leva meses e meses e anos” fazer alguma coisa nova com os bancos suíços.

O relógio é lançado no momento em que as fabricantes suíças enfrentam o encolhimento do mercado chinês depois que o governo começou a desencorajar os gastos excessivos dos funcionários públicos, no fim de 2012.

Como o Apple Watch está à venda por apenas US$ 349, as fabricantes dos relógios tradicionais estão acrescentando funções eletrônicas aos seus próprios produtos.

Jogo não acabou

“É importante para a Swatch ter sua própria versão do ‘smartwatch’, pois a Apple e outras empresas de tecnologia estão procurando construir uma base própria no pulso esquerdo”, escreveu Luca Solca, analista da Exane BNP Paribas, em uma nota na quarta-feira. “A Swatch está disputando um jogo que claramente ainda não acabou”.

O produto aumenta a concorrência enfrentada pelos relógios inteligentes da Apple e da Samsung, que têm recursos de pagamento, mas não estão ligados à rede Unionpay.

Os chamados aparelhos de vestir poderão chegar a US$ 32,2 bilhões em vendas em 2019, contra US$ 18,9 bilhões no ano passado, estima a empresa de pesquisas IHS, cuja projeção inclui, por exemplo, aparelhos auditivos.

Pulseiras de relógio

A Cie. Financière Richemont SA oferece pulseiras inteligentes para relógios sob a marca Montblanc por 350 euros (US$ 399) cada, enquanto a LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton SE informou que lançará um relógio inteligente TAG Heuer de US$ 1.400 no final deste ano.

A Apple também está procurando dar um toque de luxo ao seu relógio inteligente, o que fica evidente na colaboração com a Hermès para a produção de pulseiras para o Apple Watch.

A Swatch tem décadas de experiência no desenvolvimento de tecnologias que poderiam ser aplicadas a um relógio inteligente, como por exemplo baterias de longa duração tão finas que se dobram.

A marca Tissot, pertencente à empresa, produz relógios com telas sensíveis ao toque desde 1999, que atualmente oferecem altímetro, bússola e sensores para registrar a descida de um mergulhador.

As transações de pagamentos por dispositivos móveis subiram 134 por cento na China em 2014, para 22,6 trilhões de yuans (US$ 3,6 trilhões), segundo o banco central.

A UnionPay, rede que anteriormente detinha o monopólio dos pagamentos no país, enfrenta uma concorrência cada vez maior das provedoras terceirizadas de serviços de pagamentos, como a Alibaba Group Holding Ltd., e empresas estrangeiras como a Apple e a Samsung Electronics Co. também estão de olho no mercado chinês.

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