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Suspensão da venda de chips não reduziu reclamações

Apesar da ação da Anatel no meio do ano, reclamações contra TIM e Claro só aumentaram desde julho


	Loja da TIM: mais de 4 mil reclamações contra a operadora foram realizadas em setembro, segundo dados da Anatel
 (Lia Lubambo/EXAME)

Loja da TIM: mais de 4 mil reclamações contra a operadora foram realizadas em setembro, segundo dados da Anatel (Lia Lubambo/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2012 às 20h11.

Brasília - A suspensão temporária na venda de chips de celular, imposta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) há cinco meses, não foi suficiente para reduzir as reclamações sobre a qualidade dos serviços das operadoras. Dados divulgados nesta quarta-feira pelo presidente do órgão regulador, João Rezende, em audiência pública no Senado, mostram que as queixas contra a TIM e a Claro só fizeram aumentar desde julho, enquanto a Oi conseguiu manter as reclamações no mesmo patamar visto antes da suspensão das vendas.

O número de reclamações de clientes foi um dos critérios usados pela Anatel quando decidiu suspender a venda das operadoras no meio do ano. O plano de melhoria definido pela agência em agosto prevê a possibilidade de novas proibições de venda caso as operadoras não cumpram os investimentos prometidos.

Na ocasião, a comercialização dos chips foi autorizada somente depois que as operadoras se comprometeram a investir em melhorias de rede, atendimento ao cliente e outros pontos. Nesta quarta, Rezende disse aos parlamentares, que participaram da audiência promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, que vem monitorando se as operadoras estão cumprindo o prometido.

Fiscalização da Anatel realizada no final de novembro mostrou que o desempenho das teles foi "insatisfatório", na avaliação de Rezende. Foi constatado um aumento de 13,8% no número de antenas instaladas nos últimos três meses, mas o número de reclamações mostra que o consumidor está cada vez mais descontente com serviço prestado. Além disso, estes investimentos das operadoras ainda deixam as teles longe das metas impostas pela agência.


Segundo a apresentação feita nesta quarta pelo presidente da Anatel no Senado, o número de reclamações de usuários da TIM não ultrapassaram 2 mil por mês até julho. A partir de então, bateram mais de 4 mil em setembro e fecharam o mês de outubro na faixa de 3.750.

O número de queixas contra a Claro rondava a casa de 1 mil, no mês de julho, e praticamente dobraram em outubro, levando a operadora a superar a Oi, ficando em segundo lugar no número de ligações de clientes insatisfeitos. A Oi permaneceu estável, na mesma faixa de 1.250 desde julho.

Mesmo diante deste aumento, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta quarta ver melhora nos serviços das companhias de telefonia e internet móvel, mas "não no padrão que precisa ser alcançado ainda". "O que houve é que o presidente da Anatel (João Rezende) reafirmou que vai continuar fiscalizando, cobrando, porque ainda não se tem os índices que estão sendo buscados pela Anatel e que as empresas se comprometeram a atingir", disse.

Questionado se estão descartadas novas punições às empresas de telefonia, Paulo Bernardo respondeu: "não gostaria de falar isso" e brincou que o seu aparelho de celular está com a conexão funcionando, pois estava falando com Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

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