Tecnologia

Suspensão da TIM 'não tem a ver com diplomacia', diz governo

Embaixada italiana ligou para o ministério das Comunicações na semana passada, após o anúncio da suspensão das vendas da TIM, que é controlada pela Telecom Itália

Loja da TIM: Oi e Claro também sofreram sanções (FM-PAS/Flickr)

Loja da TIM: Oi e Claro também sofreram sanções (FM-PAS/Flickr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 23h22.

Brasília - O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta segunda-feira, 23, que a Embaixada da Itália em Brasília ligou para o ministério na semana passada, durante sua viagem aos Estados Unidos. Segundo Bernardo, o secretário-executivo César Alvarez foi orientado a responder que o processo contra a operadora TIM, que é controlada pela Telecom Itália, "não tem nada a ver com a diplomacia".

Por determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a operadora está proibida, a partir desta segunda-feira, de vender novas linhas em 18 Estados e no Distrito Federal. A empresa só poderá voltar a vender chips quando a Anatel aprovar um plano de investimentos da companhia para os próximos dois anos. Oi e Claro também sofreram sanções. A primeira está proibida de vender novos chips em cinco Estados, e a segunda, em três, incluindo São Paulo. As empresas que não cumprirem a determinação pagarão multa de R$ 200 mil por dia.

"Isso é um problema do consumidor brasileiro com as empresas. O fato de a TIM estar aqui no Brasil há 15 anos não significa que iremos tratá-la melhor ou pior, até porque para todos os efeitos ela é uma empresa nacional", acrescentou. Bernardo confirmou que o presidente da Telecom Itália, Franco Barnabé, planeja visitar o País nos próximos dias.

O ministro ainda revelou que possui um aparelho celular da TIM, que ficou sem 3G durante todo o dia na última sexta-feira. "E hoje fiz duas ligações para Curitiba que caíram no meio da conversa", completou. "Não temos nada contra a TIM, mas achamos que qualidade do serviço não está boa no momento", disse.

Segundo o ministro, o fato de a TIM ter entrado na Justiça contra a suspensão de venda de novas linhas em 19 unidades da Federação não irá mudar o tratamento que a companhia recebe do governo e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

"Entrar na Justiça é um direito de todas as empresas. A TIM optou por esse caminho e isso não vai impedir um diálogo, mas também não quer dizer que vamos compactuar com a situação. Tanto que convencemos o juiz que negou a liminar à empresa", afirmou Bernardo.

Acompanhe tudo sobre:3GAnatelEmpresasEmpresas abertasEmpresas italianasGoverno DilmaOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTIM

Mais de Tecnologia

WhatsApp volta ao normal depois de parar de funcionar em vários países

Pequim anuncia plano para avanço em inteligência incorporada

WhatsApp fora do ar? App de mensagens apresenta instabilidade nesta sexta-feira

Google faz novos cortes de funcionários e atinge setores de IA, Cloud e segurança