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Surge uma nova arma na luta contra matança de elefantes na África

Sistema é pioneiro no uso de tecnologia de detecção de ondas de disparo silencioso para impedir o tráfico ilegal de animais

 (Chris Jackson/Getty Images)

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Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 15 de junho de 2017 às 07h47.

Última atualização em 15 de junho de 2017 às 07h47.

São Paulo - Grupos de proteção da vida selvagem já utilizam uma variedade de métodos para combater o tráfico ilegal de marfim, incluindo aviões e drones. Agora, os elefantes no Quênia receberão mais proteção graças a uma nova tecnologia: sensores de ondas de choque balísticos  que, acoplados aos colares de rastreamento dos animais, informam as autoridades imediatamente após a detecção de disparos por caçadores.

O novo sistema é o primeiro a fazer uso da tecnologia de detecção de ondas de choque para impedir o tráfico ilegal e salvar elefantes africanos ameaçados. Chamada de WIPER, a tecnologia é fruto de um esforço conjunto entre a Faculdade de Engenharia Informática de Vanderbilt e a Universidade Estadual do Colorado.

Os caçadores de elefantes comumente usam dispositivos para abafar o som de suas armas de alta potência, mas a explosão também produz uma onda de choque acústica, que não pode ser suprimida. A tecnologia WIPER detecta que uma bala passou por um elefante protegido e, logo em seguida, envia um alarme com a sua localização.

Ter uma notificação em tempo real como essa dá às autoridades a chance de prender os caçadores no ato e até mesmo impedir a remoção das presas dos animais.

Segundo os pesquisadores, o objetivo é disponibilizar livremente o sistema para todos os fabricantes de colar de GPS, para que isso possa se tornar uma característica comum em todos os dispositivos de rastreamento de vida selvagem.

A tecnologia é suficientemente sensível para cobrir um raio de 50 metros, de modo que basta colocá-la nos colares de apenas alguns elefantes por manada.

Com uma bolsa de US$ 200 mil que receberam da empresa de telefonia móvel Vodafone, os pesquisadores começarão a desenvolver neste mês os protótipos e a realizar testes no norte do Quênia. O desafio do momento é desenvolver um colar de rastreamento que tenha energia na bateria suficiente para durar 12 meses. De saída, a meta do projeto é cobrir 100 elefantes por ano.

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