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Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2014 às 09h38.
A coligação de Eduardo Campos (PSB), candidato à Presidência morto na última quarta-feira (13) em um acidente aéreo em Santos (SP), abriria o horário eleitoral gratuito na próxima terça-feira (19). E, ao que parece, o primeiro programa alfinetaria a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição e vários nomes da sua base aliada.
É o que mostra um vídeo que caiu nesta sexta-feira (15) na internet e vem sendo compartilhado nas redes sociais como sendo o primeiro programa eleitoral de Campos. Ao longo de 1min47s, o ex-governador de Pernambuco entra em um pequeno palco, acompanhado de Marina Silva, e fala para um grupo de pessoas presentes.
O mote do material se pauta em É hora de mandar Sarney para a oposição. Estamos mandando avisar pela imprensa. Dizemos avisa aí Sarney, Collor e Renan, que eles vão para a oposição. Conosco eles não vão trabalhar, diz Campos no vídeo.
No vídeo, Campos alfineta os 39 ministérios de Dilma e relembra as vozes das ruas que pediram mudanças durante os protestos do ano passado.
Por enquanto, o PSB não confirmou se o vídeo divulgado mesmo se tratava do primeiro programa da coligação. Vale lembrar que a campanha de Campos e Marina tem o tempo de 2min03s durante o seu espaço no horário eleitoral gratuito.
Veja abaixo:
//www.youtube.com/embed/BI2mR60ly2Y
PSB convoca reunião para decidir candidato à Presidência
O presidente do PSB, Roberto Amaral, convocou para quarta-feira (20) uma reunião da executiva nacional do partido para decidir se a legenda terá candidato a presidente da República e quem será o substituto de Eduardo Campos. O nome mais forte é o da ex-ministra Marina Silva.
"A tendência é o partido ter candidato", disse Amaral ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado. A reunião será realizada em Brasília. Amaral informou ainda que na terça-feira (19) haverá uma missa, em Brasília, para homenagear Campos e os outros seis mortos no acidente.
O grupo majoritário do PSB defende a confirmação de Marina como nome do partido ao Palácio do Planalto, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira. Os dirigentes e líderes da legenda, no entanto, querem em troca garantias da candidata a vice. Pedem, por exemplo, que ela não ataque as alianças políticas estaduais costuradas pela cúpula.
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Após a morte de Campos, Marina está reclusa em sua casa em São Paulo e não tem falado sobre a sucessão presidencial. A interlocutores, a ex-ministra diz estar de luto e que não vai tratar de questões eleitorais nos próximos dias. De acordo com a legislação eleitoral, o PSB tem dez dias, a partir da data da morte de Campos, para apresentar o novo candidato à Presidência. Os programas de TV dos partidos, no entanto, começam na próxima terça.
( Por Thiago de Araújo Com Estadão Conteúdo)