Tecnologia

Suposto bibliotecário da Al Qaeda nega marcação de alvos na web

Al Malaki enfrenta um pedido do promotor de oito anos de prisão por integração em organização terrorista.

justiça (EFE)

justiça (EFE)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 10h24.

Mudhar Hussein Al Malaki, conhecido como o "bibliotecário" da Al Qaeda, negou no julgamento que começou nesta quinta-feira contra ele na Espanha que apontasse na internet como alvos os presidentes americanos Bush pai e filho, Clinton e Obama, e rejeitou que era responsável por doutrinar jihadistas.

Al Malaki enfrenta um pedido do promotor de oito anos de prisão por integração em organização terrorista.

Segundo o promotor, após a morte do líder da Al Qaeda Osama bin Laden, Al Malaki apontou como alvos na internet os presidentes dos Estados Unidos George Bush -pai e filho-, Bill Clinton e Barack Obama, a ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

Entre os alvos que supostamente teria indicado também se encontravam o ex-presidente do governo espanhol José María Aznar e o ex-secretário geral da Otan Javier Solana.

Al Malaki foi detido em Valência em 27 de março de 2012 e o apelido de "bibliotecário da Al Qaeda" se deve a uma divulgavação manuais e enciclopédias de treino terrorista, segundo o promotor.

Segundo a acusação, sua relação com a causa jihadista começou em 1999, quando se aproximou das teses salafistas, o que valeu sua entrada no aparelho de propaganda do grupo jihadista Rede Ansar Al Mujahideen (Ra'am), que segue as diretrizes da Al Qaeda.

Seu trabalho consistia em armazenar em dispositivos informáticos uma grande quantidade de documentos sobre a jihad, discursos de líderes terroristas, manuais de armas e de fabricação de explosivos que mais tarde postava na rede.

O acusado reconheceu hoje que talvez "tenha passado" a chamar estas pessoas de "criminosos de guerra", mas assegurou que não os mencionou na internet como alvos para um atentado.

Al Malaki insistiu que ele não fazia parte de uma rede que doutrinava combatentes jihadistas e que sua participação em fóruns de internet não obedecia ordens de superiores, assim como que jamais recebeu diretamente da Al Qaeda comunicado algum.

O acusado também assegurou que simplesmente colecionava documentos sobre usos de explosivos e venenos que compartilhava em fóruns de informação e opinião de internet junto com fotos de atentados como os de setembro de 2011 em Nova York, março de 2004 em Madri e das guerras do Iraque e Afeganistão.

Al Malaki também relatou que vive na Espanha desde 1980, onde cursou engenharia industrial e medicina e conciliou os estudos com trabalhos de garçom.

Segundo o promotor, Al Malaki se dedicava durante todo tempo a divulgar a jihad na internet e trabalhava em sua casa entre 8 e 16 horas diárias para a captação e doutrinamento de radicais islâmicos.

Entre os arquivos informáticos que foram intervindos por causa de sua detenção, foram encontrados muitos DVDs e CDs, mais de 30 mil pastas para guardar papéis armazenadas em discos rígidos com esquemas, gráficos, desenhos e fotografias, entre os quais se destacam 30 imagens de vítimas dos atentados de Madri de 11 de março de 2004.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)INFOJustiçaPaíses ricos

Mais de Tecnologia

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista

Galaxy S23 FE: quanto vale a pena na Black Friday?

iPhone 13: quanto vale a pena pagar na Black Friday 2024?