Tecnologia

Supercomputador para IA da Nvidia será instalado no Rio de Janeiro

Projeto integra plano de transformar a cidade em uma IA City

Porto Maravilha, no Rio de Janeiro: região receberá um supercomputador de IA, segundo a prefeitura (Rogério Reis/Pulsar Imagens/Exame)

Porto Maravilha, no Rio de Janeiro: região receberá um supercomputador de IA, segundo a prefeitura (Rogério Reis/Pulsar Imagens/Exame)

Caroline Oliveira
Caroline Oliveira

Colaboradora na Exame

Publicado em 16 de agosto de 2025 às 17h05.

Última atualização em 16 de agosto de 2025 às 17h32.

O Rio de Janeiro terá um supercomputador para Inteligência Artificial (IA) no Porto Maravalley, na região portuária da capital carioca, segundo informou a prefeitura da capital fluminense no Rio Innovation Week.

A iniciativa será desenvolvida em conjunto com a Nvidia, uma das empresas líderes no seguimento de IA. O acordo busca “criar uma das maiores infraestruturas de inteligência artificial do mundo, com três gigawatts de capacidade computacional alimentada por energia 100% limpa”, explicou Eduardo Paes, prefeito da cidade.

O Rio Innovation Week 2025 reúne palestras, exposições, startups e grandes marcas em um evento que conecta inovação, ética e negócios em um dos principais centros culturais do Rio (Divulgação)

O objetivo da prefeitura é fomentar o ecossistema de inovação da cidade e impulsionar o projeto Rio AI City, que prevê a criação de um grande polo global de inteligência artificial.

O anúncio foi feito na última quinta-feira, 14, pelo prefeito do Rio de Janeiro.

"Assinamos com a maior produtora de chips do mundo, desejada por todos. Vamos comprar equipamentos da Nvidia, capacidade computacional. Temos um grande provedor de capacidades computacional, que é a Oracle. Novidades virão, estamos conversando com outras grandes empresas desse campo, e todos vão querer vir para o Rio. Vamos ser a capital da inteligência artificial no Brasil", contou Paes. 

O supercomputador poderá ser usado por universidades, centros de pesquisa, laboratórios e até mesmo por empresas privadas que queiram desenvolver soluções baseadas em IA para a cidade. O intuito é que os projetos de inteligência artificial criem uma linguagem carioca, adaptada ao Rio

A partir dessas parcerias, o RJ será a primeira cidade da América Latina a receber o selo AI City da Nvidia, seguindo os passos da Califórnia, Nova York e Mississipi.

A Nvidia vai fornecer equipamentos para que o Rio treine modelos e desenvolva soluções avançadas de IA para áreas como segurança e prevenção de desastres, conforme explicou a secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Tatiana Roque.

Ainda, foi lançado, em conjunto com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a PUC-Rio, o programa Rio.IA – Hub Carioca de Inteligência Artificial. 

Com foco em soluções de inteligência artificial para a Nova Indústria Brasil, iniciativa industrial do governo federal, o objetivo é posicionar a capital carioca como provedora de IA para o setor. A ABDI financiará o projeto por meio de convênio com a PUC-Rio, que ficará responsável por sua execução, com apoio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação (SMCT).

Paes assinou ainda com a Oracle e a Elea Data Centers para impulsionar o Rio AI City. O intuito é que o Rio.IA seja um centro de referência e uma rede de colaboração para o desenvolvimento de empresas, startups e soluções tecnológicas.

O papel da ABDI, em colaboração com a SMCT, será o de identificar problemáticas que podem ser superadas através da inteligência artificial. Já o Rio.IA, oferecerá estrutura, mentoria e serviços para que empresas e startups desenvolvam as soluções para esses desafios. 

Com investimentos em torno de US$ 65 bilhões, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), pretende transformar o Centro Metropolitano, na Barra da Tijuca, no maior hub de data centers da América Latina e um dos dez maiores do mundo. 

A área prevista para instalação do hub de data centers terá abastecimento por fonte de energia limpa e infraestrutura inédita no Brasil.

Pelo menos 60% dos dados do Brasil estão armazenados nos Estados Unidos, principalmente na Virgínia. Para o presidente da Invest.Rio, Sidney Levy, é essencial que os dados sejam mantidos no país e que haja capacidade operacional local. 

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