Tecnologia

Supercomputador da IBM será atendente do Bradesco em 2016

O IBM Watson chegou ao Brasil em 2014 e está aprendendo a língua portuguesa para atender aos clientes do banco Bradesco


	Watson: o supercomputador da IBM está aprendendo a língua portuguesa
 (AFP)

Watson: o supercomputador da IBM está aprendendo a língua portuguesa (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 11h00.

São Paulo – O Watson, o supercomputador cognitivo da IBM, chegou ao Brasil no ano passado e está quase fluente na língua portuguesa. Ele está ficando tão habituado a nossa língua, que seus serviços serão utilizados pelo banco Bradesco já no 1º semestre de 2016.

Desde 2014 em terras brasileiras, o Watson está aprendendo o português do zero, como qualquer criança. Por isso, ele 

está estudando os traços culturais do vocabulário brasileiro e também a gramática portuguesa. 

Ele aprende de uma maneira muito similar à de um ser humano. O Watson estuda semântica, sintaxe, mas o que chama a atenção nele é que ele conecta todo esse conhecimento a cada contexto, disse Fabio Scopeta, líder da IBM Watson no Brasil e na América Latina, em entrevista a EXAME.com.

Segundo Scopeta, o Watson terá uma fluência profissional na língua portuguesa até o final deste ano. Isso quer dizer que o supercomputador logo conseguirá trabalhar para uma empresa em um caso real. É o nosso primeiro cliente com o Watson. Ele vai aprender o português específico e todos os seus sotaques dentro do Bradesco, relata Scopeta.

Nas palavras da IBM, o Watson é o primeiro sistema de computação cognitiva disponível para comercialização no mundo. Ele interage com os seres humanos por meio da compreensão da linguagem natural, capacidade de aprendizagem e da identificação de padrões de comportamento.

Robô atendente

Dentro do Bradesco, o computador irá interagir com os clientes a partir do telebanco (serviço de atendimento pelo telefone). Ele vai auxiliar o nosso atendente a tratar melhor os nossos clientes, relata Marcelo Camara, gerente do Departamento de Pesquisa e Inovação Tecnológica do Bradesco, em entrevista a EXAME.com.

De acordo com Camara, o objetivo final da empresa é que o Watson fale diretamente com o cliente. No entanto, isso não quer dizer que os atendentes serão demitidos.

O nosso funcionário vai fazer a curadoria do conteúdo para treinar o Watson. A combinação de um ser humano e o supercomputador faz com que o atendimento fique rápido, massivo e de qualidade, ameniza o gerente.

Além do Bradesco, outras empresas já se mostraram interessadas no supercomputador, segundo Scopeta. Nos Estados Unidos, o Watson já trabalha com a indústria da saúde há algum tempo.

Nascimento de Watson

O Watson nasceu em 2003 e foi chamado assim em homenagem ao fundador da IBM, o empresário norte-americano Thomas Watson.

Contudo, foi apenas em 2011 que ele ficou conhecido em todo o mundo. O supercomputador participou de um jogo de perguntas sobre conhecimentos gerais, chamado de Jeopardy!, na televisão norte-americana. O resultado? Ele venceu todos os candidatos.

O supercomputador chegou ao Brasil no final do ano passado. No entanto, ele não veio fisicamente para o país. Como a invenção é composta por software e hardware espalhados pelos data centers da IBM, ele está apenas virtualmente no país, como um serviço na nuvem.

Até agora, o Watson fala fluentemente o inglês (sua língua nativa). Ele também está aprendendo a falar português, espanhol e japonês. De acordo com Scopeta, a voz do supercomputador pode ser escolhida pelo cliente.

Não existe um limite de aprendizado para o Watson. Ele é o único sistema computacional que fica melhor a cada dia que passa, assinala Scopeta.

O vídeo abaixo (em inglês) do site Engadget mostra a vitória de Watson  no programa de televisão Jeopardy!.

https://youtube.com/watch?v=WFR3lOm_xhE%3Frel%3D0%26controls%3D0%26showinfo%3D0

Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoComputadoresEmpresasEmpresas abertasEmpresas americanasEmpresas brasileirasempresas-de-tecnologiaIBMServiçosTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não