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Stratfor: Pode haver falsificação em emails do Wikileaks

O diretor-executivo da Stratfor, George Friedman, assegurou que a revelação dos milhões de e-mails da Stratfor por parte do WikiLeaks representa para a empresa um ataque direto

'A Stratfor não é uma organização do Governo, não está vinculada a nenhum Governo, e os e-mails são de propriedade privada', esclareceu o diretor-executivo (©AFP/Arquivo / Thomas Coex)

'A Stratfor não é uma organização do Governo, não está vinculada a nenhum Governo, e os e-mails são de propriedade privada', esclareceu o diretor-executivo (©AFP/Arquivo / Thomas Coex)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 19h40.

Washington - O diretor-executivo da companhia americana de segurança Stratfor Global Intelligence, George Friedman, confirmou nesta segunda-feira que os e-mails publicados pelo site WikiLeaks pertencem a sua empresa, mas advertiu que alguns podem ter sido 'falsificados ou alterados', adiantando ainda que a empresa não irá explicar seu conteúdo.

'Como muitos de vocês sabem, em dezembro alguns hackers invadiram o banco de dados da Stratfor e roubaram grande quantidade de mensagens de e-mail da empresa, assim como informações privadas de clientes. Hoje, o WikiLeaks está publicando os e-mails que foram roubados em dezembro. Isto é uma deplorável e infeliz - e ilegal - violação de privacidade', explicou Friedman em comunicado.

O diretor-executivo assegurou que a revelação dos milhões de e-mails por parte do WikiLeaks representa para a empresa um ataque direto, embora isto 'não vá calar' a Stratfor, que 'seguirá publicando as análises geopolíticas de seus clientes'.

'A Stratfor trabalhou para construir boas fontes em muitos países, como qualquer editor de análise geopolítica faria. Estamos orgulhosos das relações que construímos, que ajudam os analistas a entenderem melhor os problemas em muitos destes países através dos olhos das pessoas que vivem ali', acrescentou Friedman.

'A Stratfor não é uma organização do Governo, não está vinculada a nenhum Governo, e os e-mails são de propriedade privada', esclareceu o diretor-executivo, que pediu desculpas a seus clientes pelas consequências que a publicação terá.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, convocou nesta segunda-feira a imprensa em Londres para fornecer detalhes do funcionamento 'obscuro' desta companhia privada que, segundo disse, incorre em operações 'sórdidas' como subornos e 'lavagem de dinheiro' para obter informações com fins econômicos por encomenda de empresas e Governos.

O Wikileaks divulgará mais de cinco milhões de mensagens, escritas por funcionários da Stratfor entre julho de 2004 e dezembro de 2011, nas quais fazem referência a companhias petrolíferas, Governos, bancos e dirigentes políticos como o venezuelano Hugo Chávez e o espanhol José María Aznar.

Há mais de quatro mil e-mails nos quais são mencionados o Wikileaks e Julian Assange, ao mesmo tempo que fontes diplomáticas e governos de todo o mundo facilitam antecipadamente a Stratfor detalhes de eventos em troca de dinheiro, segundo o site.

Segundo a informação divulgada hoje pelo site, essa organização de segurança com sede no Texas trabalha com serviços secretos, embaixadas e empresas multinacionais. 

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