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Steve Wozniak critica anúncios e diz que está de saída do Facebook

Co-fundador da Apple criticou modelo de negócios baseado em anúncios e disse que preferia pagar para usar o Facebook do que ter dados explorados

Steve Wozniak: co-fundador da Apple anunciou que está saindo do Facebook (Openspace/Divulgação)

Steve Wozniak: co-fundador da Apple anunciou que está saindo do Facebook (Openspace/Divulgação)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 9 de abril de 2018 às 12h05.

São Paulo – Steve Wozniak, co-fundador da Apple, disse em entrevista que está de saída do Facebook. Após as denúncias de mal-uso de dados, Woz, como é conhecido, escolheu deixar de usar a rede social de Mark Zuckerberg.

“Usuários dão todos os detalhes de suas vidas ao Facebook e... o Facebook faz um monte de dinheiro de anúncios com isso”, disse Wozniak em entrevista ao USA Today.

Esse modelo de negócios baseado em anúncios foi abordado por Tim Cook, atual CEO da Apple, em uma entrevista dada ao site Recode e à rede de TV MSNBC. Cook afirmou que a Apple poderia fazer muito dinheiro se fizesse dos consumidores seus “produtos”. Zuckerberg respondeu que as críticas eram “simplistas”.

Na entrevista, Steve Wozniak afirmou que se sentiria mais à vontade ao pagar pelo Facebook do que se sente ao ter suas informações pessoais usadas para fins comerciais.

“A Apple faz dinheiro a partir de bons produtos, não a partir de você”, afirmou Wozniak. “É como eles dizem, com o Facebook, você é o produto.”

O escândalo de mal-uso de dados de usuários do Facebook vem escalando com rapidez.

Inicialmente, a estimativa era de que cerca de 50 milhões de usuários tivessem tido seus dados usados pela consultoria Cambridge Analytica.

O número subiu para 87 milhões antes de uma revelação importante por parte do Facebook: dados de seus quase 2 bilhões de usuários podem ter sido acessados e “raspados”, processo de obtenção de informações a partir de dados brutos.

Hoje, o Facebook começa a comunicar aos usuários se tiveram seus dados acessados pela Cambridge Analytica.

Como consequência, Mark Zuckerberg, CEO e co-fundador do Facebook, terá de se explicar perante parlamentares dos Estados Unidos.

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