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Startup zera emissões de carbono geradas por suas motos nas ruas

Ação irá compensar o total de carbono emitido pelos motoboys que trabalham com a plataforma VaiMoto durante o mês de abril

Motoboy (Flickr/mardruck)

Motoboy (Flickr/mardruck)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 13h50.

A VaiMoto, plataforma que conecta o serviço de motofrete com usuários, começou suas operações há menos de um ano, em outubro de 2013.  Mas a startup já se mostra preocupada com as consequências ambientais da poluição gerada por suas motos nas ruas.

Em parceria com a Iniciativa Verde, ONG que presta serviços ambientais, deu início à ação “VaiMoto Carbono Zero”. O objetivo é compensar o total de carbono emitido pelos motoboys que trabalham com a plataforma VaiMoto durante o mês de abril.

Segundo Daniel Silva, fundador e CEO da VaiMoto, São Paulo dobrou a frota nos últimos 10 anos e essa tendência não vai mudar. “Não tem solução de curto e médio prazo para o caos que é a mobilidade urbana. Então, o serviço vai ser cada vez mais solicitado. A expectativa da quilometragem de abril é altíssima, consequentemente, poluiremos muito mais, mas também compensaremos muito mais emissões”, disse a INFO.

A Iniciativa Verde usa uma metodologia internacional chamada GHG Protocol para calcular quanto uma empresa ou alguma atividade emite de gases poluentes e quantas árvores são necessárias para compensas essas emissões. Após o plantio, as árvores irão, em até 30 anos, absorver essa quantidade de carbono emitida.

Para saber quantas árvores precisam ser plantadas, a Iniciativa Verde usou como base para o cálculo a emissão feita por uma moto de 125 cilindradas, um dos modelos mais usados em São Paulo. Esse tipo de motocicleta emite, por quilômetro rodado, 0,064kg de CO2. Cada árvore absorve cerca de 190 quilos de CO2 por dia.

A VaiMoto tem quase de 3 mil motoboys cadastrados e recebe mais de 300 solicitações por dia. Quando a campanha acabar, a startup enviará os dados do mês para a Iniciativa Verde. A quilometragem será somada e incluída no cálculo de compensação para saber quantas árvores poderão compensar a emissão.

Os plantios de espécies de árvores nativas começam na Mata Atlântica no final do ano em São Carlos, interior de São Paulo.  A Iniciativa Verde trabalha com uma diversidade de 60 espécies. “As árvores ficaram em áreas de preservação ambiental, assim temos a garantia de que a floresta vai permanecer e o carbono não vai ser devolvido para a atmosfera”, disse Lucas Pereira, diretor técnico da Iniciativa Verde.

A ação de zerar as emissões de carbono tem benefícios ambientais e sociais. A absorção de carbono das árvores vai suavizar os efeitos do aquecimento global. “Mas também é boa para o rio que vai receber novas árvores em sua margem, para a fauna e até para os agricultores locais, pois as novas árvores trazem espécies de polinizadores que regulam o clima local”, disse Pereira. Os agricultores também podem trabalhar no local durante o plantio e o restauro, um processo que dura cerca de dois anos, segundo Pereira.

A VaiMoto também espera que ação possa conscientizar motoboys e usuários da plataforma a respeito do impacto das ações humanas sobre o meio ambiente e a sustentabilidade do planeta. “Não vamos mudar o mundo com essa ação, mas se sairmos da campanha com alguns profissionais que entendem o que é sustentabilidade, o que é carbono zero, o nosso dever vai estar realizado”, diz Silva, que já pensa em promover a ação novamente no futuro. 

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