Whisgo: startup aposta em livro físico para que usuários se lembrem da viagem (Divulgação/Whisgo)
Victor Caputo
Publicado em 4 de novembro de 2014 às 09h20.
São Paulo – “Será que as pessoas ainda se importam com coisas físicas?” É essa a pergunta que Mariano Camara se faz. Ele é sócio-fundador de uma startup chamada Whisgo. O Whisgo é um site para planejamento e compartilhamento de dados sobre viagens.
O usuário pode entrar e começar um caderno sobre uma viagem. Lá, pode colocar informações sobre os locais que pretende visitar, em qual hotel vai se hospedar, etc.
É possível buscar inspiração para tudo vendo os cadernos de seus amigos. No site ficam registrados os lugares por onde eles passaram e seus comentários sobre a experiência.
O foco do Whisgo é completamente digital. Mas um de seus diferenciais é algo físico. Os usuários do site podem imprimir seus cadernos – seja antes de viajar, para usá-los como roteiros, ou depois da viagem, para guardar como lembrança.
“Eu vejo que algumas pessoas ainda têm a necessidade de ver um produto físico no final”, afirma Camara. O caderno impresso precisa ser pago pelo usuário. Um livro de 40 páginas sai por cerca de 25 reais. O cálculo é: 3 reais da capa, mais 45 centavos por página e 20% a mais, que é o lucro do Whisgo.
A ideia para o site nasceu em 2011. Camara procurava informações para fazer uma viagem longa ao Peru. Ele sentiu necessidade de um lugar onde pudesse consultar o que seus amigos fizeram em suas viagens. Além disso, não queria ficar colocando todas as informações do que pretendia fazer no Word.
Camara, que é arquiteto, aprendeu a programar apenas para criar o site. Ele teve problemas com programadores que contratou para isso.
A ideia para o livro físico, no entanto, chegou depois. Foi apenas na segunda metade de 2012 que a ideia de algo físico tomou corpo.
E foi depois disso que o site passou a se destacar. No ano passado, o Whisgo foi um dos sete escolhidos do projeto Empreendedores Criativos, que tem o Santander como parceiro. “Antes daquilo eu tinha uma ideia e não sabia nada sobre o ambiente de negócios. O programa me deu essa noção”, conta Camara.
No ano passado, o Whisgo recebeu financiamento de 400 mil reais de um investidor anjo, que adquiriu 15% da empresa. O programa é usar esse dinheiro até o início de 2015, quando uma nova rodada de investimento será aberta.
Ainda para 2014, Camara promete um aplicativo para o Whisgo. A ideia é permitir que os usuários acessem as informações de suas viagens de forma offline. Com isso, o Whisgo serviria como guia de viagens mesmo em outro país.